terça-feira, 26 de julho de 2011

Enem Não terminado

O desempenho na área de Linguagens e Códigos, que mede as habilidades dos jovens em língua portuguesa e interpretação de textos, puxou para baixo a média final das escolas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2009. Essa parte do exame foi a única em que nenhum colégio no País atingiu média de 700 pontos, numa escala de 0 a 1.000. Entre as escolas da capital, o melhor desempenho ficou com o Colégio Vértice, com 686,70 pontos.
Nas outras grandes áreas do conhecimento, a maior média dos colégios ficou entre 700 e 800 pontos.
Com a maior média geral do País, o Vértice encabeça as notas das escolas da capital em Matemática, Ciências da Natureza e Ciências Humanas. Em redação, a melhor média foi do Colégio Batista.
A pontuação máxima abaixo de 700 em linguagens é considerada "preocupante" e um reflexo da chamada "geração Y", educada com a ajuda da internet. Para gestores de escolas, com os jovens cada vez mais conectados em redes sociais, a linguagem desenvolvida no mundo virtual se distanciou da língua culta, empobrecendo o vocabulário e prejudicando a capacidade de interpretar textos mais longos, caso do Enem.
"Está tudo muito abreviado, curto, e eles deixam de produzir textos. É tudo copiado: control-C, control-V", diz Maria Martinez, diretora pedagógica do Batista Brasileiro. "Não aceitamos trabalhos copiados da internet. As próprias escolas, às vezes, entregam material pronto para o aluno, que só tem o trabalho de responder, não de elaborar o texto".
Diretor do Vértice, Adílson Garcia reconhece que há dificuldade do jovem em adquirir hábitos de leitura e, com a propagação da forma de comunicação informal da internet, são comuns os ruídos nos diálogos entre estudantes e professores nas escolas.
Nas questões de Linguagens e Códigos, foram medidas, essencialmente, as habilidades dos jovens em língua portuguesa e interpretação de textos, já que no Enem de 2009 não houve prova de idioma estrangeiro – será feita só neste ano. Nas outras grandes áreas do conhecimento, a maior nota da capital ficou sempre entre 700 e 800 pontos.
O Vértice, que obteve a melhor média geral do País, encabeça as notas de Matemática, Ciências da Natureza e Ciências Humanas. Em redação, a melhor média foi do Colégio Batista Brasileiro.
A pontuação abaixo de 700 em Linguagens foi encarada como sinal dos tempos “pós-modernos” pelos educadores de escolas com os melhores desempenhos. Para eles, com os jovens cada vez mais conectados em redes sociais, a linguagem desenvolvida na internet se distanciou rapidamente da língua culta, empobrecendo o vocabulário e também prejudicando a capacidade de interpretar textos mais longos, caso do Enem.
“Está tudo muito abreviado, curto, e eles deixam de produzir textos. é tudo copiado: control c, control v”, afirma Maria Martinez, diretora pedagógica do Batista Brasileiro. “Não aceitamos trabalhos copiados da internet. As próprias escolas, às vezes, entregam material pronto para o aluno, que só tem o trabalho de responder, não de elaborar o texto”.
Diretor do Vértice, Adílson Garcia reconhece que há dificuldade do jovem em adquirir hábitos de leitura e, com a propagação da forma de comunicação informal da internet, são comuns os ruídos nos diálogos entre estudantes e professores nas escolas.
“O aluno reage dizendo ‘mas você não entendeu o que eu quis dizer? Não tenho obrigação nenhuma de entender o que ele quis dizer (com as abreviações do mundo virtual). Tudo isso acaba roubando um tempo da prática da linguagem formal”, diz Garcia. “Provavelmente, há outras causas”.
Uma das propostas do novo Enem, reformulado no ano passado, era justamente avaliar a capacidade de raciocínio lógico, interpretação de textos e leitura crítica do mundo do estudante. “Linguagens acaba interferindo em outras áreas, como história, geografia e até na área de exatas por causa da leitura. É uma área a ser desenvolvida”, acredita Miguel Arruda, coordenador do ensino médio do Colégio Santo Américo.

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