quarta-feira, 27 de julho de 2011

Cérebro humano é programado para ser solidário, diz estudo

Cérebro humano é programado para ser solidário, diz estudo

O cérebro humano trabalha duro para entender como é estar no lugar do outro humano em determinadas situações

NYT 26/07/2011 14:22
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Foto: Getty ImagesAmpliar
Reações cerebrais de voluntárias foram analisadas
O cérebro humano se esforça para entender como é estar no lugar do outro humano em algumas situações, não importando as diferenças, inclusive físicas, entre eles. É o que indica um novo estudo realizado por pesquisadores da University of Southern California. Eles descobriram que as pessoas tentam se solidarizar com outras automaticamente, mesmo quando são muito diferentes. Para fazer isso, entretanto, precisam usar duas regiões separadas do cérebro, o que é muito trabalhoso.

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Os pesquisadores da USC descobriram que a empatia entre duas pessoas pode ocorrer primeiramente na área do cérebro que cuida da intuição. Mas, quando alguém se solidariza com outra pessoa que é muito diferente dela, ou em quem não pode se espelhar diretamente, a empatia depende mais da parte racional do cérebro.
No decorrer da pesquisa, os profissionais da universidade mostraram vídeos de mãos, pés e boca desempenhando tarefas para mulheres que nasceram sem braços ou pernas, e também para mulheres que possuem todos os membros.
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Conforme elas assistiam aos vídeos, os cérebros das mulheres foram sendo escaneados. Os pesquisadores compararam o resultado levando em consideração a área do cérebro que cuida da empatia. Eles observaram que, quando as mulheres que não tinham membros assistiam ao vídeo de tarefas que necessitavam do uso de partes do corpo que lhes faltavam, as áreas de seu cérebro que dão conta da coordenação motora destes membros ainda se mostraram fortemente ativas. Os pesquisadores notaram, entretanto, que mesmo sem algumas partes do corpo, as mulheres eram capazes de fazer algumas das tarefas utilizando recursos alternativos.
As áreas do cérebro que cuidam da intuição e da racionalização trabalham juntas para criar a sensação de empatia, disse Lisa Aziz-Zadeh, professora assistente da USC. “As pessoas fazem isso automaticamente”, afirma.

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