sábado, 26 de março de 2011

Ritchard Gale, o agressor do vídeo "Zangief Kid", diz ter apanhado primeiro

Adolescente declara em entrevista ser a real vítima da situação e não estar arrependido por ter provocado Casey Haynes


No webhit "Zangief Kid", o que se vê é um garoto que estava quieto até ser provocado e agredido por outro. Após alguns socos, a vítima de bullying decide se defender e arremessa o agressor no chão. 

Mas, em entrevista ao jornal australiano "Today Tonight", Ritchard Gale, de 12 anos, o garoto que do dia para a noite se tornou o vilão da internet, declarou que o video não mostra que a vítima é ele, e não Casey Haynes. "Ele me agrediu primeiro. Ele ficou dizendo 'vai pra aula' e me chamando de idiota, essas coisas. E eu não gostei". 

Segundo Gale, Casey inverteu os papeis para que todos o apoiem. "Isso é o que ele está tentando dizer para que todo mundo fique ao lado dele", falou, quando questionado sobre o outro garoto ser a vítima da história. "Eu fiquei bravo, então fui lá e bati nele". Em seguida, o repórter do "Today Tonight" perguntou se ele tem problemas com o sentimento de raiva, e Ritchard negou.

O pai do garoto, Peter Gale, disse emocionado que esse comportamento não é típico do filho e que está preocupado com o fato de Ritchard ter se tornado vítima de comentários pejorativos na internet.

Quando questionado sobre estar arrependido do que fez, Ritchard declarou que não. Mas olhou para o pai e mudou a resposta, afirmando que sim. Então, o repórter perguntou a ele por que não sente muito pelo que fez a Casey. "Porque ele me provocou primeiro", afirmou. O garoto disse também ter sido vítima de bullying no colégio por muito tempo e, por isso, pediu desculpas por "ficar de marcação" com Casey. "Eu não sabia que ele sofreu bullying durante toda a vida escolar".


"Isso provavelmente não é verdade", diz terapeuta
Para o psicólogo Fernando Elias José, especialista em Psicoterapia Cognitivo-Comportamental, a afirmação de Ritchard, de que foi a verdadeira vítima do bullying, provavelmente não é verdade. "Ele agride demais para nós acreditarmos que sofreu bullying primeiro. E se Casey praticasse bullying, não teria apanhado tanto antes de revidar", disse.

José derruba o argumento de Ritchard ao explicar que dificilmente quem sofre bullying pratica também. "É difícil isso virar uma cadeia. Geralmente a criança que sofre faz de tudo para ser aceita no grupo".

Segundo o terapeuta, colocar-se no papel de vítima da situação mostra que Ritchard está com medo das proporções que ela tomou, mas esta não é uma atitude positiva. "Em vez de dizer 'olha, errei, foi mal', ele toma um caminho errado se colocando nessa posição".

Agora, mesmo sendo o vilão da história, Ritchard vai precisar da ajuda de profissionais. "Ele vai precisar entender o estrago que está sendo feito na vida do outro com quem o bullying é praticado e o que isso vai fazer na vida dele", disse José.






Blogueiro: Desculpa, mas eu vou ter que comentar mais ferrenhamente a respeito disso:
Começou esse video mostrando a mãe do aluno ligando para ele. Na minha muito humilde opinião, isso foi mostrado no video para que as pessoas sentissem pena do garoto e simpatizassem com ele. 


Esse garoto socou o outro no rosto. Quem soca no rosto não está se sentindo constrangido ou vexado ou nada do tipo.


Ele ainda teve a cara de pau de dizer que o outro "Mandou ele ir para a aula". Isso pra mim demonstra claramente que o garoto Casey NÃO QUERIA BRIGAR. Mas mesmo assim este aqui pegou-o pelo colarinho, socou-o no rosto e ficou (como dizem algumas pessoas) 'brincando de lutinha'. Me perdoem mas brincar de lutinha sempre termina com soco na cara e coisas piores.


O comentarista pergunta "Por que você não foi embora?". O garoto responde que ficou nervoso e foi lá bater nele. Assumiu publicamente que é uma pessoa que não consegue lidar com seus problemas ou, quem sabe, com os problemas que ele mesmo criou. Então o comentarista pergunta se acha que ele pode ter um problema com raiva. O garoto diz, sorrindo, que não. Ou seja, ele declara abertamente que acha que isso é normal, ou, por outro lado, talvez não tenha entendido a pergunta.


Pergunta interessante do entrevistador ao pai do buller "Você toma responsabilidade pelas atitudes de seu filho?" - Isso deveria ser perguntado aos pais dos alunos desse bRAZIL. Com certeza, se alguns pais se responsabilizassem verdadeiramente pelos seus filhos, esse país não estaria do jeito que está.


A mãe ao menos pareceu ser um pouco mais consciente ao afirmar que se uma pessoa for abusada ela irá retaliar. Realmente, o filho dela poderia ter ficado aleijado mas também poderia ter quebrado o maxilar do outro garoto.


Outra parte gritante é quando perguntam ao garoto se ele sente muito e ele diz que NÃO mas ao ver o próprio pai, muda sua resposta dizendo que SIM. Ou seja, o menino nem sequer tem o discernimento de decidir pela própria conduta.


Retificando, a melhor parte é quando perguntam se ele vai praticar bully novamente e ele diz que "provavelmente não". Imagino que ele vá SIM, pois se ele não aprendeu com essa surra, não vai aprender nunca mais.

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