quarta-feira, 2 de março de 2011

Divulgado retrato falado de assassino de professora; marido é ouvido pela polícia

- O Estado de S.Paulo
A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo divulgou ontem o retrato falado do assassino da coordenadora pedagógica Joyce Chaddad Domingues, de 36 anos. Ela foi morta a tiros na frente da Escola Municipal Paulo Freire, em Embu, na segunda-feira. Segundo a descrição de uma testemunha, o rapaz é moreno, aparenta ter 25 anos, tem 1,68m de altura, cabelos e olhos escuros, e é forte. O delegado Higino Grigio, do 1.º Distrito de Embu, ouviu ontem o marido da professora, que disse que ela não vinha sofrendo ameaças. 

A Polícia Civil de São Paulo divulgou nesta terça-feira o retrato falado do suspeito de matar a professora Joyce Chaddad de Moraes Domingues, 36 anos, coordenadora pedagógica da Escola Municipal Paulo Freire, que foi baleada na manhã desta segunda-feira em frente a escola, em Embu, na Grande São Paulo.
Segundo o retrato falado, o assassino é pardo, aparentemente com 25 anos, 1,68m de altura, cabelos e olhos escuros, de compleição física forte. Testemunhas contam que o suspeito se aproximou da professora que estava na porta da escola, disparou três tiros contra ela e depois fugiu. Joyce estava afastada do serviço por licença maternidade, e voltou a trabalhar na semana passada.
A Polícia Civil suspeita que a morte tenha sido uma execução, pois nada foi roubado. Segundo o delegado 1º DP de Embu, Higino Grigio, responsável pelo caso, quatro testemunhas já foram ouvidas na segunda-feira e outras ainda prestarão depoimentos.
Em depoimento, uma das testemunhas, que estava distante da professora na hora do crime, diz ter ouvido o assassino chamar pelo nome da professora. A versão foi desmentida, segundo o delegado, por outra professora que estava ao lado da vítima quando o suspeito se aproximou e atirou.
De acordo com a PM, a professora chegou a ser socorrida e encaminhada ao pronto-socorro de Embu, mas não resistiu aos ferimentos causados pelos tiros. Até o momento ninguém foi preso. As aulas da Escola Municipal Paulo Freire foram suspensas até quarta-feira, em luto pela professora assassinada, segundo a Secretaria Municipal de Educação.

Blogueiro: Como podem as duas informações serem tão desconectas?




Para polícia, professora Joyce foi morta por coibir tráfico na escola
O assassinato da professora itapecericana Joyce Chaddad de Morais Domingues, 36 anos, foi motivado por uma repressão ao tráfico de drogas dentro da escola onde ela trabalhava. Esta é a conclusão da Polícia Civil, de acordo com matéria do Jornal Agora desta semana. Joyce levou três tiros no último dia 28 de fevereiro em frente à escola municipal Paulo Freire, em Embu

De acordo com a investigação da polícia, três dias antes do crime a professora teria repreendido uma aluna de 15 anos que estava vendendo pinos de cocaína na unidade escolar. O principal suspeito do assassinato é o namorado da aluna, também de 17 anos, detido após ser baleado enquanto tentava assaltar um posto de gasolina na Zona Sul da cidade de São Paulo no início deste mês.

Joyce, que era casada com Evandro Domingues, chefe da Fiscalização da Prefeitura de Itapecerica, deixou um filho de seis meses e havia voltado de licença maternidade há poucos dias. Atingida à queima-roupa, por volta das 7 horas da manhã, quando chegava para dar aulas, ela trabalhava desde 2007 como professora de Educação Física no Ensino Fundamental II, na escola localizada no Jardim Santa Emília. Há três anos, atuava como coordenadora pedagógica da unidade. 





Apeoesp prepara protesto pela morte da professora Joyce
Na próxima segunda-feira (28) completa um mês da morte da professora Joyce Chaddad Domingues, morta em frente à escola onde trabalhava, EMEF Paulo Freire, Jd. Santa Emília, em Embu. 

Apeoesp, sub-sede de Taboão da Serra, esta preparando um manifesto pelo Fim da Violência nas Escolas e punição aos envolvidos no assassinato da professora.

De acordo com o sindicato, professores das redes municipal e estadual de educação e a comunidade vivem um clima de insegurança e medo, pois, todos são vítimas da violência que cresce em nossa região.

 Por isso convoca toda a comunidade a participar do Ato, segunda-feira a partir das  10h da manhã, a concentração será em frente à EMEF Paulo Freire. Com o objetivo de exigir das autoridades competentes celeridade nas investigações e segurança para trabalhar.



Delegado explica o rumo das investigações
O caso que envolve o assassinato da profª Joyce Chaddad, no dia 28 de fevereiro está praticamente resolvido. Segundo o delegado do 1° DP de Embu, Higino Grigio, responsável pela investigação,  o autor do crime é um menor de 17 anos que foi identificado por testemunhas.



Por determinação judicial, o menor foi encaminhado provisoriamente para a Fundação Casa e está à disposição da Vara da Infância e Juventude do Embu. Apesar de negar o crime, não há dúvidas para a polícia de que ele é realmente o autor do delito e o trabalho a ser desenvolvido agora, é de esclarecer as motivações que o levou a assassinar a professora.


Há indícios de que Joyce havia repreendido alguns alunos três dias antes do crime acerca do uso de drogas dentro da escola, e que isso poderia ter ocasionado uma “vingança” por parte do menor, mas, segundo o delegado, essa informação não está confirmada.


A investigação continua no sentido de esclarecer a motivação do crime ou até mesmo para identificar uma segunda pessoa que o acompanhava, pois, para a polícia, um crime desse tipo e da forma como ocorreu, dificilmente é cometido sozinho – “Nós achamos que ele não fez isso sozinho, ele deve ter tido a ajuda de alguém, ele não a matou e simplesmente saiu andando pela rua. Com certeza alguém o esperava em um carro ou em uma moto, ainda não se sabe, mas estamos trabalhando diariamente nas investigações” – relata Grigio.



Segundo o delegado, a testemunha não visualizou para onde o menor se dirigiu após efetuar os disparos, até mesmo porque diante de acontecimentos assim, as pessoas geralmente têm reações previsíveis – “A testemunha estava próxima ao local, identificou bem o rosto dele, mas, a partir daí, não viu para onde ele foi, se entrou em algum carro ou se subiu em alguma moto, até mesmo porque diante disso, as pessoas ficam assustadas, se afastam do local ou vão até a vítima para socorrê-la” – completa.


Depois de identificar o menor infrator e encaminhá-lo a Fundação Casa, o papel da Polícia agora, é investigar se há a participação de uma segunda pessoa no crime e as motivações pelas quais foi decidido efetuá-lo – “As investigações prosseguem diariamente, eu sabia que devido à grande quantidade de testemunhas facilmente seria identificado o autor do crime, sabia também, que teríamos dificuldade para identificar a motivação pela qual ele aconteceu” – relata Grigio.


A investigação continua no sentido de esclarecer para a polícia o motivo pelo qual o menor executou a professora Joyce. “Esse é o grande mistério e o nosso desafio no momento” – finaliza o delegado.

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