quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Planejar e Avaliar - SEMPRE


Greicy Silva

Observar para reorientar o trabalho

"Comecei a dar aula aos 18 anos, enquanto cursava o Magistério. Na época se falava pouco de planejamento. Avaliação era sinônimo de prova e nada mais. Foi na licenciatura em Matemática que entendi a importância de usar meios avaliativos para checar o que de verdade os alunos aprenderam e, com isso, verificar a qualidade e a consistência das estratégias de ensino para reorientar o trabalho em sala. Minha escola tem um currículo bem estruturado e sei quais são as expectativas de aprendizagem para cada conteúdo. Como leciono para o 6º ano, ter clareza do que os alunos dominam em relação ao programa do segmento anterior é fundamental para garantir que eles acompanhem o andamento das atividades. Começo sempre com uma sondagem e, com base nesse levantamento, programo maneiras de retomar o que não foi aprendido. Na hora de introduzir um conteúdo, proponho situações diversas antes de entrar na teoria propriamente dita, definindo estratégias e fórmulas e sistematizando o que vimos na prática. Durante todo o ano, vão se alternando os momentos de planejamento, as aulas e a avaliação - que não se baseia apenas em provas. Observo e registro as estratégias usadas pelos alunos, as dificuldades e os avanços deles, além de olhar os cadernos. Assim, procuro não deixar as dúvidas se acumularem e logo intervenho. Quando identifico alunos com dificuldades, me concentro em ajudá-los, enquanto quem está em dia com a matéria se ocupa de outras atividades. Trabalhos em grupo, durante as quais os colegas se ajudam, também são essenciais. Algumas vezes, como lição de casa, proponho desafios complexos para a garotada. Isso me ajuda a ver até que ponto todos entenderam o que foi visto e se conseguem usar um conhecimento em diferentes contextos. Esse é mais um jeito de aproveitar da melhor maneira o potencial da turma e tornar meu trabalho ainda mais produtivo."

Greicy Silva, 28 anos, professora de Matemática no Ciep Municipal Alexandre Bacchi, em Guaporé, a 200 quilômetros de Porto Alegre

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