sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Dicas do professor


"O fato de você estar com professor substituto, não significa que não seja aula."
Dito por Kakashi sensei, naruto shippuuden 178 7'47''

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Revisão Gramatical Portuguesa

Revisão gramatical feita pelo clube das Portuguesa....


ABREVIATURA - ato de se abrir um carro de policia;

ALOPATIA - dar um telefonema para a tia;

BARBICHA - boteco para Gays;

CÁLICE - ordem para ficar calado;

CAMINHÃO - estrada muito grande;

CATÁLOGO - ato de se apanhar coisas rapidamente;

COMBUSTÃO - mulher com peito grande;

DESTILADO - aquilo que não está do lado de lá;

DETERGENTE - ato de prender indivíduos suspeitos;

DETERMINA - prender uma garota;

ESFERA - animal feroz amansado;

HOMOSSEXUAL - Sabão utilizado para lavar as partes íntimas;

LEILÃO - Leila com mais de 2 metros de altura;

KARMA - expressão mineira para evitar o pânico;

LOCADORA - uma mulher maluca de nome Dora;

NOVAMENTE - diz-se de indivíduos que renovam sua maneira de pensar;

OBSCURO - 'OB' na cor preta;

QUARTZO - partze ou aposentzo de um apartamentzo;

RAZÃO - lago muito extenso porém pouco profundo;

RODAPÉ - aquele que tinha carro mas agora roda a pé;

SAARA - muulher do Jaaco;

SEXÓLOGO - sexo apressado;

SIMPATIA - concordando com a irmã da mãe;

TALENTO - característica de alguma coisa devagar;

TÍPICA - o que o mosquito te faz;

UNÇÃO - erro de concordância muito frequente (o correto seria um é);

VATAPÁ - ordem dada por prefeito de cidade esburacada;

VIDENTE - dentista falando sobre seu trabalho;

VIÚVA - ato de ver a uva;

VOLÁTIL - sobrinho avisando onde vai.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Pior que tá, não fica

Foi publicado na folha, se quiser só conferir...


24/08/2010 - 03h00
'Não é piada, é a realidade', diz Tiririca sobre slogan de campanha
FERNANDO GALLO
DE SÃO PAULO
Francisco Everaldo Oliveira Silva, o palhaço Tiririca, 45, provoca risos e indignação desde que a campanha eleitoral começou na TV.

Com o slogan "Vote Tiririca, pior que tá, não fica", ele vai às urnas para tentar uma vaga como deputado federal pelo Estado de São Paulo.
É a grande aposta do PR no pleito, tanto que ganhou a legenda de mais fácil memorização: 2222.

Folha - Por que você decidiu se candidatar?
Tiririca - Eu recebi o convite há um ano. Conversei com minha mãe, ela me aconselhou a entrar porque daria pra ajudar as pessoas mais necessitadas. Eu tô entrando de cabeça.

De quem veio o convite?
Do PR.

Como foi?
Por eu ser um cara popular, eles acreditaram muito, como eu também acredito, que tá certo, eu vou ser eleito.

Sabe o que o PR propõe, como se situa na política?
Cara, com sinceridade, ainda não me liguei nisso aí, não. O meu foco é nessa coisa da candidatura, e de correr atrás. E caso vindo a ser eleito, aí a gente vai ver.

Quais são as suas principais propostas?
Como eu sou cara que vem de baixo, e graças a Deus consegui espaço, eu tô trabalhando pelos nordestinos, pelas crianças e pelos desfavorecidos.

Mas tem algum projeto concreto que você queira levar para a Câmara?
De cabeça, assim, não dá pra falar. Mas como tem uma equipe trabalhando por trás, a gente tem os projetos que tão elaborados, tá tudo beleza. Eu quero ajudar muito o lance dos nordestinos.

O que você poderia fazer pelos nordestinos?
Acabar com a discriminação, que é muito grande. Eu sei que o lance da constituição civil, lei trabalhista... A gente tem uma porrada de coisa que... de cabeça assim é complicado pra te falar. Mas tá tudo no papel, e tá beleza. Tenho certeza de que vai dar certo.

Quem financia a sua campanha?
Então... o partido entrou com essa ajuda aí... e eu achei legal.

Você tem ideia de quanto custa a campanha?
Cara, não tá sendo barata.

Mas você não tem ideia?
Não tenho ideia, não.

Na propaganda eleitoral você diz que não sabe o que faz um deputado. É verdade ou é piada?
Como é o Tiririca, é uma piada, né, cara? 'Também não sei, mas vote em mim que eu vou dizer'. Tipo assim. Eu fiz mais na piada, mais no coisa... porque é esse lance mesmo do Tiririca.

Mas o Francisco sabe o que faz um deputado?
Com certeza, bicho. Entrei nessa, estudei para esse lance, conversei muito com a minha mãe. Eu sei que elabora as leis e faz vários projetos acontecer, né?

O que você conhece sobre a atividade de deputado?
Pra te falar a verdade, não conheço nada. Mas tando lá vou passar a conhecer.

Até agora você não sabe nada sobre a Câmara?
Não, nada.

Quem são os seus assessores?
Nós estamos com, com, com.... a Daniele.... Daniela. Ela faz parte da assessoria, junto com.... Maionese, né? Carla... É uma equipe grande pra caramba.

Mas quem te assessora na parte legislativa?
É pessoal do Manieri.

Quem é o Manieri?
É... A, a, a.... a Dani é que pode te explicar direitinho. Ela que trabalha com ele. Pode te explicar o que é.

Por que seu slogan é 'pior que tá, não fica?
Eu acho que pior que tá, não vai ficar. Não tem condições. Vamos ver se, com os artistas entrando, vai dar uma mudança. Se Deus quiser, pra melhor.

Esse slogan é um deboche, uma piada?
Não. É a realidade. Pior do que tá não fica.

Você pretende se vestir de Tiririca na Câmara?
Não, de maneira alguma.

Quem é o seu espelho na política?
Pra te falar a verdade, não tenho. Respeito muito o Lula pelo que ele fez pelo nosso país. Ele pegou o país arrasado e melhorou pra caramba.

Fora ele...
Quem ele indicar, eu acredito muito. Vai continuar o trabalho que ele deixou aí.

você vota na Dilma.
Com certeza. A gente vai apoiar a Dilma. Ele tá apoiando e a gente vai nessa.sabe como é, né

Não teme ser tratado com deboche?
Não, cara. Não temo nada disso. Tô entrando de cabeça, de coração. Tô querendo fazer alguma coisa. Mesmo porque eu sou bem resolvido na minha profissão. Tenho um contrato de quatro anos com a Record. Tenho minha vida feita, graças a Deus. Tem gente que aceita, mas a rejeição é muito pouca.

Se for eleito, vai continuar na TV?
Com certeza, é o meu trabalho. Vou conciliar os dois empregos.

Em quem votou para deputado na última eleição?
Pra te falar a verdade, eu nunca votei. Sempre justifiquei meu voto.

Infelizmente é com puxa votos como esta perola de candidato que vamos ter o governo que a maioria quer,

TRISTE CONSTATAÇÃO!!!
A DILMA SERÁ ELEITA NÃO POR QUEM LÊ JORNAL, MAIS SIM POR QUEM LIMPA A BUNDA COM ELE ..............

Burned Out


Síndrome de Burned Out

Só para refrescar a memória dos professores, e lembrar que nós não somos nada mais que uma classe desclassificada, pela escola, pelo governo e pela sociedade. É por isso que ganhamos este mínimo salário. Pessoas que exercem uma profissão decente não passa pelo que passamos, pois têm a assistência de todos os órgãos governamentais, o que não é o nosso caso.
Meus pêsames à educação e ao magistério. Pelo que se vê em breve não mais haverá professores nas escolas. "Talvez" aí, os governos venham a nos dar atenção.É feito como quem morre, só é valorizado depois que morre.

Ana Valéria



Essa situação mudará quando?
Quando a "elite" da educação começar a olhar para a parte fraca e essencial do sistema: O professor, antes chamado de mestre.








O movimento "Cansei" deveria ser de professores !

Cansei de ser esparro de políticas educacionais duvidosas e demagógicas.

Cansei de salários baixos.

Cansei de escolas precárias.

Cansei de imbecilidades burocráticas.

Cansei de sofrer ameaças sem poder revidar.

Cansei de discursos-clichê sobre transparência, ética e cidadania.

Cansei do "Caguei" a que submetem a educação.

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15/8/2007 - O Dia

Vítimas em sala de aula

Professores abandonam carreira devido a agressões de alunos e doenças
provocadas pelas más condições de trabalho. No estado, só até maio, 2,8 mil
mestres entraram de licença médica


Carol Medeiros e Maria Luisa Barros

Rio - Com a saúde e às vezes até a vida ameaçadas, professores de escolas
públicas do Rio estão abandonando as salas de aula. Vítimas de doenças e
reféns da violência e da insegurança, muitos vêem seus próprios alunos se
transformarem em agressores que intimidam e atacam. Impotentes diante do
medo, tentam se esconder e recomeçar. Segundo dados da Secretaria Estadual
de Educação, de janeiro a maio 2.800 docentes entraram de licença por
motivos de saúde sem alta prevista. No mesmo período, outros 2.020 docentes
simplesmente abandonaram o cargo.

O êxodo de mestres preocupa o Ministério da Educação (MEC), que estuda
medidas para cobrir déficit de 710 mil docentes no Brasil. De acordo com
relatório do órgão, o País vive ameaça de "Apagão do Ensino Médio", como O
DIA vem mostrando desde domingo.

As doenças psiquiátricas são a principal causa de afastamento dos mestres -
mais de 50%, de acordo com o Sindicato Estadual de Profissionais da Educação
(Sepe). Recentemente, doença conhecida como Síndrome de Burnout, ou Síndrome
do Desgaste Profissional, tem acometido milhares deles.

"Existe uma despreocupação com a saúde do professor. A doença acomete
pessoas que são muito dedicadas ao trabalho e não têm boas condições para
exercê-lo. No caso dos mestres, eles se sentem acuados diante dos baixos
salários, jornada excessiva, prédios malconservados, falta de equipamentos e
violência", atesta a psicóloga Gisele Levy.
Pesquisadora da Uerj, ela verificou que 70% dos mestres de cinco escolas
municipais de Niterói sofrem da síndrome, que causa grande exaustão física e
emocional.
Em setembro, a síndrome fez mais uma vítima. Apaixonada pela profissão, B.,
51 anos, desenvolveu a doença ao longo de seis meses de convívio com alunos
de uma escola municipal da Zona Sul do Rio. Submetida à rotina sufocante de
ameaças, xingamentos e humilhações, a professora de Português não suportou a
pressão e entrou em licença médica. Hoje, vive à base de antidepressivos e
não consegue se aproximar de uma escola.

"Quando entrei para o município, achei que tinha chegado ao paraíso, mas
descobri que era o inferno. Professor é um lixo para eles", lamenta. Seu
sofrimento começava no domingo à noite. "Era outra pessoa. Vivia tensa,
pensando no que ia enfrentar no dia seguinte", relembra.
Há três meses, M., 30 anos, também deixou a escola. Professora de Geografia
de uma escola estadual na Baixada, foi agredida por uma de suas alunas
quando esperava o ônibus de volta para casa. Durante a aula, a estudante se
revoltou ao receber sua média. Gritou e xingou M., que, acuada, concordou em
rever a nota. "Achei que estava resolvido. Fui pegar ônibus e de repente ela
apareceu. Agarrou meu cabelo e começou a me dar socos no rosto, abrindo
minha testa. Saía muito sangue, fiquei em choque. Outros alunos me
socorreram", conta. No início do mês, M. voltou à sala de aula, depois de
conseguir transferência para outra escola.

NÓDULOS NAS CORDAS VOCAIS AFETAM MESTRA

Problemas na voz e articulações são, atrás de males psiquiátricos, as
grandes causas de licença médica. Eliana Cunha, 42, é mais uma vítima de
doença comum entre os docentes: fendas nas cordas vocais. Sem tratamento,
elas se transformaram em nódulos que podem progredir para câncer de laringe.
Impossibilitada de dar aula, foi readaptada como coordenadora pedagógica
após 13 anos dando 42 tempos de Português por semana."O salário baixo nos
obriga a ir além dos limites. O médico disse que, se não parar, serei
aposentada à força", conta.



AMEAÇA E PROBLEMAS DE SAÚDE
Aos 40 anos, R. tem duas faculdades e cinco anos de magistério. Mas nem toda
a sua experiência a preparou para enfrentar a ameaça de um aluno. Professora
de Ensino Religioso, teve que fugir da escola onde dava aula, na Baixada
Fluminense. Seu crime foi ter chamado a atenção do jovem, que arrastava a
cadeira fazendo barulho. "Ele veio para cima de mim gritando e chegou a me
ameaçar de morte. Ele já era maior de idade, a gente nunca sabe com quem
está lidando. Fiquei transtornada e me senti completamente vulnerável. Tive
crise nervosa que provocou queda de cabelos e precisei de tratamento. Acabei
descobrindo que vários professores já tinham sofrido com xingamentos e
agressões", conta.

ESTRESSE, PRESSÃO ALTA E PAVOR
Cercada por pichações, B. tentava em vão atrair a atenção dos 50 alunos.
"Era o caos. Horrível. Eles se xingavam, casais se agarravam dentro de sala.
Imitavam animais e gritavam sem parar uns com os outros. Quando virava para
o quadro me atiravam bolas de papel com cola. Um aluno me contou que
incendiou até a morte outro menino preso a um pneu. Vivia com pressão alta
até que um dia entrei em desespero e quebrei a minha cozinha", lembra.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Desabafo

Bem, vamos a mais uma análise mal-humorada deste que vos fala...

Primeiramente, o texto do Jabor é extremamente tendencioso como tudo o que ele faz e fala (menos aquela meia dúzia de filmes pornôs que ele fez nos anos setenta que, depois de ser contratado pela Rede Globo, misteriosamente desapareceram...).
É interessante lembrar que Fernando Collor de Melo foi um presidente inventado pela mesma rede de televisão que contratou o polêmico cronista (Jabor), num embuste de debate editado no distante ano de 1989. A família Magalhães (do desencarnado ACM) é uma das maiores proprietárias de meios de comunicação (entre tvs e jornais) do pais, e o partido do qual fazem parte é o DEMOCRATAS, antigo PFL, antigo PDS e ARENA - para os leigos, ARENA era o partido que representava a linha dura da ditadura militar brasileira, aquela que matou um monte de gente por causa de liberdades pessoais e enterrou em valas comuns (vala comum é quando se mata um monte de gente e se joga no mesmo buraco, sem identificação, sem respeito e sem localização, visto que foi gente que incomodava ao regime e nçao deveria aparecer tão cedo...). Deveríamos ter frequentado mais e melhor às aulas de história para poder estabelecer relações entre os fatos. Ou ter professores melhores, melhor preparados e melhor remunerados, escolas que fossem mais importantes que bancos ou indústrias e em todos os lugares (o que é mais fácil encontrar por aí, uma agência do Itaú ou do Santander ou uma escola...?). Lembrem-se que o responsável pela educação paulista há 16 anos é o PSDB, que tem como opositor à candidatura Dilma o candidato José Serra, que já foi prefeito e governador do estado.

E ANTES QUE MEUS LEITORES ACHEM QUE SOU SIMPATIZANTE DO PT, DO LULA OU DA DILMA, ANULO MEUS VOTOS DESDE 2002, E NESTA ELEIÇÃO NÃO SERÁ DIFERENTE.

NÃO FAZ SENTIDO MUDAR DE POLÍTICOS. TEMOS QUE MUDAR A POLÍTICA.

Casamento interessante

Entrada Única kkkk

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

A sala de estar como sala de aula


Educação domiciliar é admitida em alguns países, mas no Brasil a discussão está apenas começando. Você educaria seu filho em casa?

Em alguns países acima da linha do Equador, entre as diversas razões para se tirar o filho da escola estão convicções religiosas, o temor da violência no ambiente ou até mesmo a crença de que o professor não está preparado para educar as crianças de acordo com o que os pais têm como ideal. Embora não pareçam justificativas palpáveis aos brasileiros, em países como Canadá e Inglaterra estas razões podem ser consideradas pela família em conjunto com o Estado e a educação domiciliar – ou “homeschooling” – se torna uma opção válida. Mas optar por este modelo educacional no Brasil, porém, é outra história.
Em 2008, a Câmara recebeu um projeto para modificar a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. A proposta é que ela passasse a admitir a modalidade de educação domiciliar, em que a educação das crianças seria ministrada por membros da família ou guardiões legais, e serviços de uma escola institucional seriam utilizados como base anual para avaliação do progresso educacional. Ainda em análise, a alternativa não convence a relatora e Deputada Federal pelo Tocantins, Nilmar Ruiz. “Se a justificativa para a educação domiciliar é a falta de qualidade do modelo de educação atual, nós brasileiros temos que trabalhar e exigir uma educação de qualidade, e não buscar outra saída para compensar”, acredita a deputada.
Mas para Luiz Algarra, consultor organizacional em processos de aprendizado informal, o buraco é mais embaixo. “Cada vez mais vemos que as instituições de ensino não preparam o jovem para a nossa realidade”, afirma. De acordo com ele, incluir a educação domiciliar como um recurso legalmente válido é uma evolução dos métodos educacionais. “O aprendizado na convivência é a base de todo o aprendizado, e não precisa ocorrer especificamente dentro dos espaços escolares, que na maioria das vezes visa preparar os jovens principalmente para a competição do vestibular, que determina toda a política do ensino fundamental e médio”, diz ele.

Todos os livros para dentro de casa
Para Luiz Carlos Faria da Silva, professor adjunto da Universidade Estadual de Maringá, os problemas que envolvem o ensino escolar não param por aí. Adepto da educação domiciliar, ele já matriculou os filhos, Lucas e Júlia, hoje com 12 e 10 anos respectivamente, em duas escolas, mas nenhuma lhe agradou. Como havia educado os filhos em casa até eles completarem sete anos, Faria da Silva afirma que as instituições de ensino acabavam por desfazer o que havia sido feito dentro de casa. “Aqui no Brasil a escola não ensina mais a ler, escrever e contar. A ação escolar se tornou muito ineficaz e a hegemonia da concepção construtivista no Brasil é em grande parte responsável por isso”, critica.
Descontente com os modelos educacionais oferecidos atualmente, Faria da Silva ainda acredita que permitir o convívio dos filhos na escola torna muito difícil manter o controle da formação moral que prefere que eles tenham. “O mundo está girando muito rápido atualmente e isso cria uma modificação na estrutura moral que precipita a infelicidade e torna as pessoas mais insensíveis, dificultando a auto-reflexão do homem e da família”, afirma.
Católico e devoto da família, Faria da Silva admite que, se as coisas continuarem como estão, em breve ele e sua esposa representarão uma parte muito pequena da sociedade. “Nas escolas de hoje tudo é permitido. Não posso deixar que ensinem um minimalismo moral aos meus filhos”, afirma. E realmente ele não o permite. Após ser intimado pela primeira vez pelo Conselho Tutelar a colocar os filhos novamente na escola depois de tê-los tirado de uma escola particular, Faria levou-os para uma escola pública. “Mas foi um caos e eles ficaram lá por apenas duas semanas; aí resolvi enfrentar o Ministério Público”.
“Hoje o mundo e os costumes se transformam rapidamente, e as crianças são jogadas num turbilhão de informações em que a referência é não ter referência. E se os professores da escola pública não têm força para agir diante da vontade dos alunos, então a coisa é muito grave”, declara o professor. Com sua argumentação, Faria da Silva conquistou o direito de educar os filhos em casa com monitoramento e aplicação de provas realizadas por uma autoridade educacional de tempos em tempos. “A educação domiciliar no Brasil não está regulamentada, mas também não está especificamente proibida, se for comprovada”, diz.

Comprometimento social e familiar
Para o professor Carlos Simões Artexes, diretor de Concepções e Orientações Curriculares para a Educação Básica do Ministério da Educação, a iniciativa de apoio à Educação Domiciliar, a princípio, é mais maléfica do que benéfica: “Em nome da liberdade, o MEC compreende a proposta, mas dentro da política pública ela traz consequências secundárias”. De acordo com ele, o Brasil usou a obrigatoriedade de matricular as crianças e adolescentes no Ensino Básico como estratégia no direito à escolarização, o que torna o ensino domiciliar uma contraposição a essa tendência de comprometimento social.
“A educação domiciliar não fortalece a ideia da educação como direito de todos e configura interesses individuais. O modelo educacional das escolas de hoje é a forma de democratizar o conhecimento”, diz Artexes. Enquanto as desigualdades educacionais ainda estão sendo revertidas e o Brasil luta pela valorização da garantia educacional, monitorar a responsabilidade dos pais em relação à educação dos filhos tornaria tudo ainda mais difícil.
De acordo com Edimara de Lima, diretora pedagógica da Prima Escola Montessori, de São Paulo, nos países em que o ensino domiciliar é permitido, há um cuidado muito grande com a fiscalização e cobrança das famílias adeptas, independentemente dos motivos daquela família para optar pelo ensino em casa. “Existem situações em que a educação domiciliar é recomendada, como, por exemplo, quando a família vai morar em um país estrangeiro que não atende às necessidades educacionais da criança, ou quando princípios de uma cidade ou região não batem com os de nenhuma escola”, explica.
Mesmo com estas justificativas, Lima afirma que o primeiro grande drama deste estilo educacional é a questão da socialização. “A criança perde a vivência da vida escolar, que é rica e interessante”, afirma a educadora. Com regras distintas das existentes no ambiente familiar e autoridades diferentes das dos pais, a convivência com pessoas diferentes no ambiente escolar é algo que a educação domiciliar não irá suprir. “Discutir com o colega que tem uma opinião diferente da sua, por exemplo, é um tipo de situação que só ocorrerá dentro da escola”, exemplifica Lima.

Me empresta o lápis?
Para a também diretora pedagógica Anete Hecht, do Colégio I. L. Peretz, em São Paulo, a escola permite um convívio com colegas de classe que é diferente do convívio com os vizinhos, por exemplo – argumento usado pelos adeptos da educação domiciliar como suficiente para a socialização dos filhos. “Na escola, por exemplo, existem trabalhos em grupos, o aprendizado de respeitar as regras de convivência, viver em um mundo que não é isolado aprendendo com o modelo do outro, do par. Mas isso se manifesta na hora de aprender. Na hora de brincar, é diferente”, explica a especialista.
Em sala de aula as crianças e adolescentes tiram dúvidas uns dos outros e cada um acrescenta um conhecimento a mais para o outro, coisa que, para Hecht, dificilmente aconteceria na educação domiciliar: conhecer o mundo em par com o outro, com o grupo que está no mesmo momento de desenvolvimento que a criança. Já para Lima, esta questão vai mais além: “Uma criança educada em casa pode ter todo o conteúdo para passar no vestibular, se este for o objetivo dos pais ao optar pela educação domiciliar. Mas existe a possibilidade do jovem que foi educado assim ter dificuldades para conviver na universidade, onde ele viverá em um espaço em que ele não é o centro, por exemplo”.
Para Luiz Algarra, é muito difícil comparar o modelo de Educação Domiciliar com o modelo formal e os benefícios ou malefícios de cada uma dependem da meta a que se propõem. “Na educação domiciliar, se a meta é fazer com que a criança passe no vestibular, este será o resultado. Se a meta é a criança ter condições de viver bem em sociedade e desempenhar uma profissão, este também será o resultado”, acredita o especialista. Defensores da educação domiciliar apontam que, no caso do modelo formal, na maioria das vezes a meta é a competição – e é aí que mora a contrapartida da socialização.
“Se cada vez mais a maioria das escolas possui espaços de socialização restritos, onde ninguém discute e os professores veem os alunos como máquinas, o espaço relacional está então degradado e desrespeitoso”, explica Algarra. Ele acredita no poder da socialização em casa e na comunidade onde uma criança ou jovem vive, fora do modelo de educação atual. “Além disso, vejo que o sucesso do jovem no vestibular está muito ligado à segurança e tranquilidade, coisa que a educação residencial tem mais condições de propiciar. Os modelos pedagógicos negam os indivíduos ano após ano”,
De acordo com Faria da Silva, interação social não é problema para seus filhos enquanto existe espaço de brincadeiras no prédio, convivência social na igreja e até mesmo na rua, com monitoramento dos pais. “Por volta dos 15 anos, quando eles terão vínculos sociais sem uma supervisão tão intensa pela parte do pai e da mãe, é que pretendo colocá-los no ensino formal. A partir deste momento, ele ganha outra dimensão”, diz o professor. À medida em que seus filhos forem se tornando mais autônomos, Faria da Silva planeja inseri-los em uma convivência social maior, sem a supervisão parental. “Além do mais, eles precisarão se preparar para o nível superior num patamar de especialização que nós, eu e minha mulher, não podemos oferecer”, observa.

De olho na fechadura
De acordo com a deputada Nilmar Ruiz, o modelo adotado pelo Estado é a educação como obrigação do Estado e participação da família, já que a escola não trata somente da educação cognitiva, mas também social e emocional. Para a diretora pedagógica Edimara de Lima, no entanto, a lei não deveria fechar as portas para a educação domiciliar, nem tampouco escancará-las. “Não acredito que somente pedagogos podem dar aulas. Meus receios quanto em relação à educação domiciliar, além da questão social, seria de que isso poderia satisfazer necessidades não-saudáveis de algumas famílias, como aquelas que são essencialmente discriminatórias”, revela.
Segundo ela, há um risco que se corre no caso da educação domiciliar ser devidamente admitida e legalizada no Brasil: famílias que se isolarão e exercerão demasiado controle sobre os filhos. Enquanto nas cidades pequenas há uma vida comunitária muito forte, nos grandes centros esta vida social é menos densa, e o perigo moraria principalmente aí – na falta de convívio com aquilo que é diferente, o que forma e estimula o conceito da tolerância. Já para Algarra, a união dos Ministérios do Trabalho e da Educação para certificar o trabalhador sem diploma que já exerce uma função específica já é um passo a mais para a valorização do aprendizado informal. “Nossos jovens já estão se tornando aprendizes em espaços que hoje não são vistos pelo Estado. Fechar os olhos para isso significaria abandonar conteúdos importantes para capacitá-los”, afirma.

Opinião do blogueiro.
Realmente existem coisas interessantes aqui, mas também alguns absurdos.
Afinal de contas, sou adepto da política "Educação o cara tem que trazer de casa. Na escola ele vem aprender portugues, matemática, ciencias, história, arte, e.física, inglês etc."

Como ajudar seu filho a conviver com as diferenças?


Pedagogos explicam que um dos principais pontos na educação inclusiva está na quebra dos preconceitos em casa

No Brasil, há mais de 385 mil alunos com necessidades especiais inscritos em escolas regulares do ensino público. Mesmo em minoria, eles apresentam um mundo diferente para os outros alunos, abrem espaços para novos tipos de interação e de relacionamento. Mas a questão é: será que apenas inserir as crianças com necessidades especiais em escolas comuns – um conceito chamado de educação inclusiva – faz com que as outras crianças consigam aceitá-los?
“A escola é o segundo modelo de sociedade com que a criança tem contato”, diz o professor William Sanches, autor do livro “Mais Respeito!” (Editora Mundo Mirim). “O primeiro modelo de sociedade vem da família”, completa. Sanches explica que as crianças mais novas tendem a tomar tudo que seus pais falam como verdades. Por isso, quando os pais demonstram preconceito, os filhos têm mais propensão a seguir este pensamento.
Maria das Dores Nunes, coordenadora pedagógica da Escola Estadual Clarisse Fecury, em Rio Branco, no Acre, afirma que uma das principais barreiras para o trabalho de educação inclusiva no local foi o preconceito dos pais. Neste ano, a escola ganhou o prêmio “Experiências Educacionais Inclusivas” do MEC e da Organização dos Estados Ibero-americanos, por causa de seus projetos efetivos de inclusão educacional. Nem sempre foi assim. Maria das Dores diz que, em 2004, quando a escola começou a colocar alunos especiais nas salas regulares, os pais das crianças estranharam. “No início não foi bem aceito, porque os pais dos alunos não tinham conhecimento sobre as condições destas crianças especiais”, fala.
Para fugir da hostilidade e do preconceito, a escola acreana optou por dar palestras e fazer reuniões com os pais das crianças. Segundo William Sanches, quando os pais aprendem sobre as condições destas crianças, conseguem encará-las com maior naturalidade – ato que será imitado pelos filhos. “O pai tem que ter consciência da naturalidade com que encara os fatos, para que a criança aja no mundo também de maneira natural”, afirma Sanches.
Nada de pena
De acordo com a coordenadora pedagógica do colégio paulistano Equipe, Luciana Bittencourt, as crianças menores tendem a encarar os alunos especiais com mais naturalidade. “As crianças menores veem que é uma pessoa como qualquer outra, com suas habilidades e suas dificuldades”, aponta. Sanches explica que quando as crianças crescem, alguns conceitos permanecem enraizados. Dessa forma, fica mais complicado mudá-los.
William Sanches e Maria das Dores concordam: um ponto importante, que deve ser discutido em casa, é o fato de que estes alunos especiais não devem ser vistos com um sentimento de pena. Afinal, a educação inclusiva busca também desenvolver ao máximo a independência das crianças portadoras de necessidades especiais. Se as outras crianças sentem dó e se prontificam a fazer tudo por elas, esse objetivo não será atingido. Sanches explica que os pais devem “mostrar para os filhos como eles podem ajudar de uma maneira solidária, mostrar para elas que as crianças especiais podem fazer as atividades ditas ‘normais’”, completa.
No final das contas, diz Sanches, ensinar uma criança a aceitar alguém com necessidades especiais não é diferente de ensiná-la a tratar pessoas fora dos padrões estabelecidos. Como educadora, Luciana ressalta que, para as crianças, esta é uma relação muito benéfica. “A diversidade amplia o repertório das relações. Certamente, no futuro, estas crianças serão pessoas que não sentirão necessidades de seguir os padrões”, completa.
Retirado do site IG.

Piadinha

O pai para na porta do quarto da filha, que estava trancada com seu namorado, para ouvir a sua conversa, quando ele ouviu um sussurro:
-So cazando!
E o pai ficou muito alegre ao ouvir aquela frase, quando novamente ele ouviu de novo, em um tom mais forte:
-So cazando!
O pai foi pra sala feliz da vida, pensando que esta sua filha só lhe da alegrias.
Quando de repente, surge a filha com os cabelos desarrumados, dizendo:
-Pai, este aqui eh o meu novo namorado, o ZANDO.

Achei isso no blog "Estudando, eu passo".

Se você é da queles que nunca pensou em vestibular, emprego, conhecimento e PRINCIPALMENTE dinheiro! leia bem essa frase SUMA DA QUI!!!! Escoria da humanidade, fique sabendo que você nunca será alguém na vida, e não me venha com aquele papinho de que dinheiro não importa, por que importa sim, quer um exemplo, você sai com a menininha bonitinha para o cinema, logo vocês teriam de ir de ônibus, certo!? Por que você não tem carro, chegando no cinema vocês vão passear pelas lojas, quando der repente ela vê um brinco lindo, ai o babacão vai lá comprar (mesmo sabendo que vai ter que fica dois meses sem comer na escola por que o dinheiro do lanche foi usado para o brinco), ta, depois vocês vão escolher o filme, (obs. ela quis ir no domingo no dia mais caro) logo ela vai querer ver um filme em 3D ,você compra os dois ingressos, mas não é só isso, tem que comprar pipoca e refrigerante, por que cinema sem pipoca não tem graça, logo após o filme você já ta pensando "é só a passagem do ônibus agora" certo!? ERRADO! Tem que ir no MC DONALD'S querido! Vai lá mais dois meses sem comer na escola, depois ela fala "temos que ir", vai os dois pro ponto de ônibus(Só pra não deichar você esquecer, POR QUE VOCÊ NÂO TEM CARRO!), quando der repente você faz as contas e vê que só tem grana para uma passagem...
Ai você diz, " meu pai me da grana mesmo" [/risada maléfica] fique sabendo que papai não vive pra sempre, e mesmo que seu pai tenha uma empresa que já mais vá falir e vá ficar de herança pra ti, você continua sendo um verme por que quando você administra-la, ela vai falir.[/FATO]
E tudo isso por que você é um verme que tem medo de estudar.
Você já deve ter ouvido aquele ditado " Quem ri por ultimo ri melhor" pois fique sabendo é verdade! lembrasse o nerd de hoje é o cara rico de amanhã... bando de leite com pera!

Cada doido... ainda bem que ele não é professor

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Voto Nulo

Mais uma eleição chegando, pessoas na expectativa e outros nem tanto, horário político igual a tantos outros, candidatos falantes, mudos, despreparados, buscando continuidade, desesperados e tem aqueles que sabem que não chegam, mas quem sabe. Políticos: humoristas, cantores, artistas, profissionais, desleais e alguns mais velhos que a própria política. Esse é o quadro que toda eleição apresenta para os eleitores, de renovação, só mesmo alguns candidatos estreantes, a política continua a mesma, velha e praticamente sem nenhuma esperança. Tem os atacantes contra os atacados, depois troca, os atacantes viram submissos e os atacados viram opressores, logicamente até o próximo capítulo. Claro que não perco o tempo de assistir tantas atrocidades verbais, mas confesso, que numa coisa está melhorando, o humor já domina boa parte do tempo, isso trás boas lembranças, de um certo e grandioso Arrelia e de um genial Carequinha. Mas uma coisa me incomoda mais que esse horário, onde cada um diz, vote em mim, eu sou o melhor para você, como se ele fosse um remédio para dor, tomou resolveu, o que mais me incomoda, é o desespero sempre constante do governo federal em dizer que eleição neste país é democrática, segura, e que se você votar com consciência estará dando um passo para a melhora deste país. Já que eles nos consideram um povo genial, então porque não introduzir eleição não obrigatória, assim saberão que os votos contados são de pessoas que realmente acreditam em mudança, este ano inventaram até o voto em trânsito, coisa que não existiu em eleições passadas, este ano também temos que votar com o título e mais um documento de identificação, até parece que não fui eu que votou nas eleições passadas. Mas este ano farei igual as três últimas eleições, sei que pessoas não irão concordar com minha atitude e nem quero que vire exemplo, mas se ainda temos direito a democracia neste país, vou fazer uso dela cravando com toda certeza e em todos os candidatos a minha demonstração de revolta através do VOTO NULO.

Esse texto não é meu.

Pessoal, cuidado com o voto em branco... viu?
Ele significa "Ah, não me importo com quem vai ganhar. Dá meu voto pra quem tá ganhando"
Enquanto o nulo significa: "Nenhum desses políticos presta, então meu voto NÃO vai pra ninguém!"

Informação que quase ninguém sabe.
Se em uma eleição, tiver 50% de votos NULOS (não brancos), mais um voto, todos os candidatos são retirados e substituídos por candidatos novos.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Os vampiros que se mordam, modificado



Indicação de aluna da 8ª B

Bom, eu queria colocar o video aqui, mas não foi possível.
http://www.youtube.com/watch?v=2Lp7XO6oWCM&feature=related

Marina pra presidente

Me perguntaram certa vez em quem vou votar para presidente.
Então respondo de uma vez.
Votei no Lula, para dar uma chance para uma nova esperança.
Só que o Lula não está sozinho.
Então, agora, vou responder melhor.
Não voto na Dilma, pois ela tá mal acompanhada.
Não voto no Serra, pois ele tá mal intencionado.
Então voto na Marina, pra dar uma esperança a mais pra esse país.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Só pessoas inteligentes entram no meu blog.



Gostei... Achei interessante para exercitar a mente!


SÓ PARA OS INTELIGENTES


Exercícios para treinar o cérebro


Exercícios para cérebros enferrujados
Não deixe de ler..
De aorcdo com uma peqsiusa


de uma uinrvesriddae ignlsea,

não ipomtra em qaul odrem as

Lteras de uma plravaa etãso,

a úncia csioa iprotmatne é que

a piremria e útmlia Lteras etejasm

no lgaur crteo. O rseto pdoe ser

uma bçguana ttaol, que vcoê

anida pdoe ler sem pobrlmea.

Itso é poqrue nós não lmeos

cdaa Ltera isladoa, mas a plravaa

cmoo um tdoo.


Sohw de bloa.



Fixe seus olhos no texto abaixo e deixe que a sua mente leia
corretamente o que está escrito..
35T3 P3QU3N0 T3XTO 53RV3 4P3N45 P4R4 M05TR4R COMO NO554 C4B3Ç4
CONS3GU3 F4Z3R CO1545 1MPR3551ON4ANT35! R3P4R3 N155O! NO COM3ÇO 35T4V4
M310 COMPL1C4DO, M45 N3ST4 L1NH4 SU4 M3NT3 V41 D3C1FR4NDO O CÓD1GO
QU453 4UTOM4T1C4M3NT3, S3M PR3C1S4R P3N54R MU1TO, C3RTO? POD3 F1C4R B3M
ORGULHO5O D155O! SU4 C4P4C1D4D3 M3R3C3! P4R4BÉN5!


Consegues encontrar 2 letras B abaixo? Não desistas senão o teu desejo
não se realizará...

RRRRRRRRRRRRRRRRRRR RRRRRRRRRRRRR
RRRRRRRRRRRBRRRRRRR RRRRRRRRRRRRR
RRRRRRRRRRRRRRRRRRR RRRRRRRRRRRRR
RRRRRRRRRRRRRRRRRRR RRRRRRRRRRRRR
RRRRRRRRRRBRRRRRRRR RRRRRRRRRRRRR
RRRRRRRRRRRRRRRRRRR RRRRRRRRRRRRR

Uma vez que encontrares os B

Encontra o 1

IIIIIIIIIIIIIIIIIII IIIIIIIIIIIIIIII IIIIIIIIIIIIIIII
IIIIIIIIIIIIIIIIIII IIIIIIIIIIIIIIII IIIIIIIIIIIIIIII
IIIIIIIIIIIIIIIIIII IIIIIIIIIIIIIIII IIIIIIIIIIIIIIII
IIIIIIIIIIIIIIIIIII IIIIIIIIIIIIIIII IIIIIIIIIIIIIIII
IIIIIIIIIIIIIIIIIII IIIIIIIIIIIIIIII IIIIIIIIIIIIIIII
IIIIIIIIIIII1IIII IIIIIIIIIIIIIII IIIIIIIIIIIIIIII
IIIIIIIIIIIIIIIIIII IIIIIIIIIIIIIIII IIIIIIIIIIIIIIII
IIIIIIIIIIIIIIIIIII IIIIIIIIIIIIIIII IIIIIIIIIIIIIIII
IIIIIIIIIIIIIIIIIII IIIIIIIIIIIIIIII IIIIIIIIIIIIIIII
IIIIIIIIIIIIIIIIIII IIIIIIIIIIIIIIII IIIIIIIIIIIIIIII
IIIIIIIIIIIIIIIIIII IIIIIIIIIIIIIIII IIIIIIIIIIIIIIII

Uma vez o 1 encontrado..

Encontra o 6

9999999999999999999 999999999999999
9999999999999999999 999999999999999
9999999999999999999 999999999999999
9999999999999999999 999999999999999
9999999999999999999 999999999999999
9999999999999999999 999999999999999
9999699999999999999 999999999999999
9999999999999999999 999999999999999
9999999999999999999 999999999999999
9999999999999999999 999999999999999
9999999999999999999 999999999999999
9999999999999999999 999999999999999


Uma vez o 6 encontrado ......

Encontra o N (É díficil!)

MMMMMMMMMMMMM
MMMMMMMMMMMMM
MMMMMMMMMMMMM
MMMMMMMNMMMMM
MMMMMMMMMMMMM
MMMMMMMMMMMMM
MMMMMMMMMMMMM
MMMMMMMMMMMMM
MMMMMMMMMMMMM
MMMMMMMMMMMMM

Uma vez o N encontrado.. .

Encontra o Q..

OOOOOOOOOOOOOOOOOOO OOOOOOOO
OOOOOOOOOOOOOOOOOOO OOOOOOOO
OOOOOOOOOOOOOOOOOOO OOOOOOOO
OOOOOOOOOOOOOOOOOOO OOOOOOOO
OOOOOOOOOOQOOOOOOOO OOOOOOOO
OOOOOOOOOOOOOOOOOOO OOOOOOOO
OOOOOOOOOOOOOOOOOOO OOOOOOOO
OOOOOOOOOOOOOOOOOOO OOOOOOOO
OOOOOOOOOOOOOOOOOOO OOOOOOOO
OOOOOOOOOOOOOOOOOOO OOOOOOOO

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

W W Jacobs - A Pata do Macaco

Lá fora, a noite estava fria e úmida, mas na pequena sala de visitas de Labumum Villa os postigos estavam abaixados e o fogo queimava na lareira. Pai e filho jogavam xadrez: o primeiro tinha idéias sobre o jogo que envolviam mudanças radicais, colocando o rei em perigo tão desnecessário que até provocava comentários da velha senhora de cabelos brancos, que tricotava serenamente perto do fogo.
- Ouça o vento – disse o Sr. White, que, tendo visto tarde demais um erro fatal, queria evitar que o filho o visse.
- Estou escutando – disse o último, estudando o tabuleiro ao esticar a mão.
- Xeque.
- Eu duvido que ele venha hoje à noite – disse o pai, com a mão parada em cima do tabuleiro.
- Mate – replicou o filho.
- Essa é a desvantagem de se viver tão afastado – vociferou o Sr. White, com um a violência súbita e inesperada. – De todos os lugares desertos e lamacentos para se viver, este é o pior. O caminho é um atoleiro, e a estrada uma torrente. Não sei o que as pessoas têm na cabeça. Acho que, como só sobraram duas casas na estrada, elas acham que não faz mal.
- Não se preocupe, querido – disse a esposa em tom apaziguador. – Talvez você ganhe a próxima partida.
O Sr. White levantou os olhos bruscamente a tempo de perceber uma troca de olhares entre mãe e filho. As palavras morreram em seus lábios, e ele escondeu um sorriso de culpa atrás da barba fina e grisalha.
- Aí vem ele – disse Herbert White, quando o portão bateu ruidosamente e passos pesados se aproximaram da porta.
O velho levantou-se com uma pressa hospitaleira e, ao abrir a porta, foi ouvido cumprimentando o recém chegado. Este também o cumprimentou, e a Sra. White tossiu ligeiramente quando o marido entrou na sala, seguido por um homem alto e corpulento, com olhos pequenos e nariz vermelho.
- Sargento Morris – disse ele, apresentando-o.
O sargento apertou as mãos e, sentando-se no lugar que lhe ofereceram perto do fogo, observou satisfeito o anfitrião pegar uísque e copos, e colocar uma pequena chaleira de cobre no fogo.
Depois do terceiro copo, seus olhos ficaram mais brilhantes, e ele começou a falar, o pequeno círculo familiar olhando com interessante este visitante de lugares distantes, quando ele empertigou os ombros largos na cadeira e falou de cenários selvagens e feitos intrépidos: de guerras, pragas e povos estranhos.
- Vinte e um anos nessa vida – disse o Sr. White, olhando para a esposa e o filho. – Quando ele foi embora era um rapazinho no armazém. Agora olhem só para ele.
- Ele não parece ter sofrido muitos reveses – disse a Sra. White amavelmente.
- Eu gostaria de ir à Índia – disse o velho – só para conhecer, compreende?
- Você está bem melhor aqui – disse o sargento, sacudindo a cabeça. Pôs o copo vazio na mesa e, suspirando baixinho, sacudiu a cabeça novamente.
- Eu gostaria de ver aqueles velhos templos, os faquires e os nativos – disse o velho. – O que foi que você começou a me contar outro dia sobre uma pata de macaco ou algo assim Morris?
- Nada – disse o soldado rapidamente. – Não é nada de importante.
- Pata de macaco? – perguntou a Sra. White, curiosa.
- Bem, é só um pouco do que se poderia chamar de magia, talvez – disse o sargento com falso ar distraído.
Os três ouvintes debruçaram-se nas cadeiras interessados. O visitante levou o copo vazio à boca distraidamente e depois recolocou-o onde estava. O dono da casa tornou a enchê-lo.
- Aparentemente – disse o sargento, mexendo no bolso – é só uma patinha comum dissecada.
Tirou uma coisa do bolso e mostrou-a. A Sra. White recuou com uma careta, mas o filho, pegando-a, examinou-a com curiosidade.
- E o que há de especial nela? – perguntou o Sr. White ao pegá-la da mão do filho e, depois de examiná-la, colocá-la sobre a mesa.
- Foi encantada por um velho faquir – disse o sargento -, um homem muito santo. Ele queria provar que o destino regia a vida das pessoas, e que aqueles que interferissem nele seriam castigados. Fez um encantamento pelo qual três homens distintos poderiam fazer, cada um, três pedidos a ela.
A maneira dele ao dizer isso foi tão solene que os ouvintes perceberam que suas risadas estavam um pouco fora de propósito.
- Bem, por que não faz os seus três pedidos, senhor? – disse Herbert White astutamente.
O soldado olhou para ele como olham as pessoas de meia-idade para um jovem presunçoso.
- Eu fiz – disse ele calmamente, e seu rosto marcado empalideceu.
- E teve mesmo os três desejos satisfeitos? – perguntou a Sra. White.
- Tive – disse o sargento, e o copo bateu nos dentes fortes.
- E alguém mais fez os pedidos? – insistiu a senhora.
- O primeiro homem realizou os três desejos – foi a resposta. – Eu não sei quais foram os dois primeiros, mas o terceiro foi para morrer. Por isso é que consegui a pata.
Seu tom de voz era tão grave que o grupo ficou em silêncio.
- Se você conseguiu realizar os três desejos, ela não serve mais para você Morris – disse o velho finalmente. – Para que você guarda essa pata?
O soldado meneou a cabeça.
- Por capricho, suponho – disse lentamente. – Cheguei a pensar em vendê-la, mas acho que não o farei. Ela já causou muitas desgraças. Além disso, as pessoas não vão comprar. Acham que é um conto de fadas, algumas delas; e as que acreditam querem tentar primeiro para pagar depois.
- Se você pudesse fazer mais três pedidos – disse o velho, olhando para ele atentamente -, você os faria?
- Eu não sei – disse o outro. – Eu não sei.
Pegou a pata e, balançando-a entre os dedos, de repente jogou-a no fogo.
White, com um ligeiro grito, abaixou-se e tirou-a de lá.
- É melhor deixar que ela se queime – disse o soldado solenemente.
- Se você não quer mais, Morris – disse o outro -, me dá.
- Não – disse o amigo obstinadamente. – Eu a joguei no fogo. Se você ficar com ela, não me culpe pelo que acontecer. Jogue isso no fogo outra vez, como um homem sensato.
O outro sacudiu a cabeça e examinou sua nova aquisição atentamente.
- Como você faz para pedir? – perguntou.
- Segure a pata na mão direita e faça o pedido em voz alta – disse o sargento -, mas eu o advirto sobre as conseqüências.
- Parece um conto das Mil e uma noites – disse a Sra. White, ao se levantar e começar a pôr o jantar na mesa. – Você não acha que deveria pedir quatro pares de mão para mim?
- Se quer fazer um pedido – disse ele asperamente -, peça algo sensato. O Sr. White colocou a pata no bolso novamente e, arrumando as cadeiras acenou para que o amigo fosse para a mesa. Durante o jantar o talismã foi parcialmente esquecido, e depois os três ficaram escutando, fascinados, um segundo capítulo das aventuras do soldado na Índia.
- Se a história sobre a pata de macaco não for mais verdadeira do que as que nos contou – disse Herbert, quando a porta se fechou atrás do convidado, que partiu a tempo de pegar o último trem-, nós não devemos dar muito crédito a ela.
- Você deu alguma coisa a ele por ela, papai? – perguntou a Sra. White, olhando para o marido atentamente.
- Pouca coisa – disse ele, corando ligeiramente. – Ele não queria aceitar, mas eu o fiz aceitar. E ele tornou a insistir que eu jogasse fora.
- É claro – disse Herbert, fingindo estar horrorizado. – Ora, nós vamos ser ricos, famosos e felizes. Peça para ser um imperador, papai, para começar, então você não vai ser mais dominado pela mulher.
Ele correu em volta da mesa, perseguido pela Sra. White armada com uma capa de poltrona.
O Sr. White tirou a pata do bolso e olhou para ela dubiamente.
- Eu não sei o que pedir, é um fato – disse lentamente. – Eu acho que tenho tudo o que quero.
- Se você acabasse de pagar a casa ficaria bem feliz, não ficaria? – disse Herbert, com a mão no ombro dele. – Bem, peça 200 libras, então, isso dá.
O pai, sorrindo envergonhado pela própria ingenuidade, segurou o talismã, quando o filho, com uma cara solene, um tanto franzida por uma piscadela de olhos para a mãe, sentou-se no piano e tocou alguns acordes para fazer fundo.
- Eu desejo 200 libras – disse o velho distintamente.
Um rangido do piano seguiu-se às palavras, interrompido por um grito estridente do velho. A mulher e o filho correram até ele.
- Ela se mexeu – gritou ele, com um olhar de nojo para o objeto caído no chão. – Quando eu fiz o pedido, ela se contorceu na minha mão como uma cobra.
- Bem, eu não vejo o dinheiro – disse o filho ao pegá-la e colocá-la em cima da mesa – e aposto que nunca vou ver.
- Deve ter sido imaginação sua, papai – disse a esposa, olhando para ele ansiosamente.
Ele sacudiu a cabeça.
- Não faz mal, não aconteceu nada, mas a coisa me deu um susto assim mesmo.
Eles se sentaram perto do fogo novamente enquanto os dois homens acabavam de fumar cachimbos. Lá fora, o vento zunia mais do que nunca, e o velho teve um sobressalto com o barulho de uma porta batendo no andar de cima. Um silêncio estranho e opressivo abateu-se sobre todos os três, e perdurou até o velho casal se levantar e ir dormir.
- Eu espero que vocês encontrem o dinheiro dentro de um grande saco no meio da cama – disse Herbert, ao lhes desejar boa noite – e algo terrível agachado em cima do armário observando vocês guardarem seu dinheiro maldito.
Ficou sentado sozinho na escuridão, olhando para o fogo baixo e vendo caras nele. A última cara foi tão feia e tão simiesca que ele olhou para ela assombrado. A cara ficou tão vivida que, com uma risada inquieta, ele procurou um copo na mesa que tivesse um pouco de água para jogar no fogo. Sua mão pegou na pata de macaco, e com um ligeiro estremecimento ele limpou a mão no casaco e foi dormir.

II

Na claridade do sol de inverno, na manhã seguinte, quando este banhou a mesa do café, ele riu de seus temores. Havia um ar de naturalidade na sala que não existia na noite anterior, e a pequena pata suja estava jogada na mesa de canto com um descuido que não atribuia grande crença a suas virtudes.
- Eu creio que todos os velhos soldados são iguais – disse a Sra. White. – Essa idéia de dar ouvidos a tal tolice! Como é que se pode realizar desejos hoje em dia? E se fosse possível, como é que iam aparecer 200 libras, papai?
- caindo do céu, talvez – disse Herbert, com ar brincalhão.
- Morris disse que as coisas aconteciam com tanta naturalidade – disse o pai – que a gente podia até achar que era coincidência.
- Bem, não gaste o dinheiro antes de eu voltar – disse Herbert, ao se levantar da mesa. – Estou com medo de que você se torne um homem mesquinho e avarento, e vamos ter de renegá-lo.
A mãe riu e, acompanhando-o até a porta, viu-o descer a rua. Voltando à mesa do café, divertiu-se à custa da credulidade do marido. O que não a impediu de correr até a porta com a batida do carteiro, nem de se referir a sargentos da reserva com vício de beber, quando descobriu que o correio trouxera uma conta do alfaiate.
- Herbert vai dizer uma das suas gracinhas quando chegar em casa – disse ela, quando se sentaram para jantar.
- Com certeza – disse o Sr. White, servindo-se de cerveja -, mas, apesar de tudo, a coisa se mexeu na minha mão; eu posso jurar.
- Foi impressão – disse a senhora apaziguadoramente.
- Estou dizendo que se mexeu – replicou o outro. – Não há dúvida; eu tinha acabado… O que houve?
A mulher não respondeu. Estava observando os movimentos misteriosos de um homem do lado de fora, que, espiando com indecisão para a casa, parecia estar tentando tomar a decisão de entrar. Lembrando-se das 200 libras, ela reparou que o estranho estava bem-vestido e usava um chapéu de seda novo.
Por três vezes ele parou no portão, e depois caminhou novamente. Da quarta vez ficou com a mão parada sobre ele, e depois com uma súbita resolução abriu-o e entrou. A Sra. White no mesmo momento desamarrou o avental rapidamente, colocando-o debaixo da almofada da cadeira. Convidou o estranho, que parecia deslocado, a entrar. Ele olhou para ela furtivamente, e ouviu preocupado, a senhora desculpar-se pela aparência da sala, e pelo casaco do marido, uma roupa que ele geralmente reservava para o jardim. Então ela esperou, com paciência, que ele falasse do que se tratava, mas, a princípio, ele ficou estranhamente calado.
- Eu… pediram-me para vir aqui – disse ele finalmente, e abaixando-se tirou um pedaço de algodão das calças. – Eu venho representando “Maw&Meggins”.
A senhora sobressaltou-se.
- Aconteceu alguma coisa? – perguntou ela, ofegante – Acontecem alguma coisa a Herbert? O que é? O que é?
O marido interveio.
- Calma, calma, mamãe – disse ele rapidamente. – Sente-se e não tire conclusões precipitadas. O senhor certamente não trouxe más notícias, não é, senhor – e olhou para o outro ansiosamente.
- Eu lamento… – começou o visitante.
- Ele está ferido? – perguntou a mãe desesperada.
O visitante assentiu com a cabeça.
- Muito ferido – disse. – Mas não está sofrendo.
- Ah, graças a Deus! – disse a senhora, apertando as mãos. – Graças a Deus! Graças…
Parou de falar de repente quando o significado sinistro da afirmativa se abateu sobre ela, e ela viu a terrível confirmação de seus temores no rosto desviado do outro. Prendeu a respiração e, virando-se para o marido, menos perspicaz, pôs a mão trêmula sobre a dele. Seguiu-se um demorado silêncio.
- Ele foi apanhado pela máquina – repetiu o Sr. White, estonteado. – Ah!
Sim.
Ficou sentado olhando para a janela e, tomando a mão da esposa entra as suas, apertou-a como tinha vontade de fazer nos velhos tempos de namoro há quase 40 anos.
- Ele era o único que nos restava – disse ele, voltando-se amavelmente para o visitante. – É difícil.
O outro tossiu e, levantando-se, caminhou lentamente até a janela.
- A firma me pediu para transmitir os nossos sinceros pêsames a vocês por sua grande perda – disse ele, sem olhar para trás. – Eu peço que compreendam que sou apenas um empregado da firma e estou apenas obedecendo ordens.
Não houve resposta; o rosto da senhora estava branco, os olhos parados e a respiração inaudível; no rosto do marido havia um olhar que o amigo sargento talvez tivesse na primeira batalha.
- Devo dizer que “Maw&Meggins” estão isentos de toda responsabilidade – continuou o outro. – Eles não têm nenhuma dívida com a família, mas, em consideração aos serviços de seu filho, desejam presenteá-los com uma certa soma como compensação.
O Sr. White largou a mão da esposa e, pondo-se de pé, olhou para o visitante horrorizado. Seus lábios secos pronunciaram as palavras:
- Quanto?
- Duzentas libras – foi a resposta.
Indiferente ao grito da esposa, o velho sorriu fracamente, estendeu as mãos como um homem cego e caiu, desfalecido, no chão.

III

No enorme cemitério novo, a alguns quilômetros de distância, os velhos enterraram seu morto e voltaram para casa mergulhada em sombras e silêncio. Tudo terminara tão rápido que a princípio nem se davam conta do que acontecera, e ficaram num estado de expectativa como se fosse acontecer mais alguma coisa – algo mais que aliviasse esse fardo, pesado demais para corações velhos.
Mas os dias se passaram, e a expectativa deu lugar à resignação – a resignação desesperançada dos velhos, às vezes chamada erradamente de apatia. Algumas vezes nem trocavam uma palavra, pois agora não tinham nada do que falar e os dias eram compridos e desanimados.
Foi por volta de uma semana depois que o velho, acordando subitamente de noite, estendeu o braço e viu-se sozinho. O quarto estava no escuro e o ruído de soluços baixinhos vinha da janela. Ele se levantou na cama e ficou ouvindo.
- Volte para a cama – disse ele ternamente. – Você vai ficar gelada.
- Está mais frio para ele – disse a senhora, e chorou novamente.
O som de seus soluços apagou-se nos ouvidos dele. A cama estava quente, e seus olhos pesados de sono. Ele cochilava a todo instante e acabou pegando no sono, quando um súbito grito histérico da esposa o despertou com um sobressalto.
- A pata! – gritou histericamente. – A pata de macaco!
Ele se levantou, alarmado.
- Onde? Onde está? O que houve?
Ela correu agitada até ele.
- Eu quero a pata – disse ela calmamente. – Você não a destruiu?
- Está na sala, em cima da prateleira – replicou ele atônito. – Por quê?
Ela chorou e riu ao mesmo tempo e, debruçando-se, beijou-o no rosto.
- Só tive essa idéia agora – disse ela histericamente. – Por que não pensei nisso antes? Por que você não pensou nisso antes?
- Pensar em quê? – perguntou ele.
- Nos outros dois desejos – replicou ela rapidamente. – Nós só fizemos um pedido.
- Não foi suficiente? – perguntou ele, irado.
- Não – gritou ela, triunfante; – ainda vamos fazer um.
Desça, apanhe a pata rapidamente, e deseje que o nosso filho viva novamente.
O homem sentou-se na cama e arrancou as cobertas de cima do corpo trêmulo.
- Meu bom Deus, você está louca! Gritou ele, horrorizado.
- Pegue aquela coisa – disse ela, ofegante -, pegue depressa, e faça o pedido… Ah, meu filho, meu filho!
O Marido riscou um fósforo e acendeu a vela.
- Volte para a cama – disse ele, incerto. – Você não sabe o que está dizendo.
- Nós conseguimos satisfazer o primeiro pedido – disse a senhora, febrilmente. – Por que não o segundo?
- Foi uma coincidência – gaguejou o velho.
- Vá buscar a pata e faça o pedido – gritou a esposa, tremendo de excitação.
O velho virou-se, olhou para ela, e sua voz tremeu.
- Ele já está morto há 10 dias e, além disso, ele… – eu não queria lhe dizer isso, mas… só consegui reconhecê-lo pela roupa. Se já estava tão horrível para você ver, imagine agora?
- Traga-o de volta – gritou a senhora, e o arrastou para a porta. – Você acha que tenho medo do filho que criei?
Ele desceu na escuridão, foi tateando até a sala e depois até a lareira. O talismã estava no lugar, e um medo horrível de que o desejo ainda não expresso pudesse trazer o filho mutilado apossou-se dele, e ficou sem ar ao perceber que perdera a direção da porta. Com a testa fria de suor, ele deu volta na mesa, tateando, e foi-se amparando na parede até se achar no corredor com a coisa nociva na mão.
Até o rosto da esposa parecia mudado quando ele entrou no quarto. Estava branco e ansioso, e para seu temor parecia ter um olhar estranho. Ele sentiu medo dela.
- Peça! – gritou ela, com voz forte.
- Isso é loucura – disse ele, com voz trêmula.
- Peça! – repetiu a esposa.
Ele levantou a mão.
- Eu desejo que meu filho viva novamente.
O talismã caiu no chão, e ele olhou para a coisa com medo.
Então afundou numa cadeira, trêmulo, quando a esposa, com os olhos ardentes, foi até a janela e levantou a persiana.
Ficou sentado até ficar arrepiado de frio, olhando ocasionalmente para a figura da velha senhora espiando pela janela.
O cotoco de vela, que queimara até a beirada do castiçal de porcelana, jogava sombras sobre o teto e as paredes, até que, com um bruxulear maior do que os outros, se apagou. O velho, com uma imensa sensação de alívio pelo fracasso do talismã, voltou para a cama, e um ou dois minutos depois a senhora veio silenciosamente para o seu lado.
Nenhum dos dois disse nada, mas permaneceram deitados em silêncio, ouvindo o tique-taque do relógio. Um degrau rangeu, e um rato correu guinchando através do muro. A escuridão era opressiva e, depois de ficar deitado por algum tempo, criando coragem, ele pegou a caixa de fósforos e, acendendo um, foi até embaixo para pegar uma vela.
Nos pés da escada o fósforo se apagou, e ele parou para riscar outro; no mesmo momento ouviu-se uma batida na porta da frente, tão baixa e furtiva que quase não se fazia ouvir.
Os fósforos caíram-lhe da mão e espalharam-se no corredor. Ele permaneceu imóvel, com a respiração presa até a batida se repetir. Então virou-se e fugiu rapidamente para o quarto, fechando a porta atrás de si.
Uma terceira batida ressoou pela casa.
- O que é isso? – gritou a senhora, levantando-se.
- Um rato – disse o velho com voz trêmula -, um rato. Ele passou por mim na escada.
A esposa sentou-se na cama, escutando. Uma batida alta ressoou pela casa.
- É Herbert! – gritou. – É Herbert!
Ela correu até a porta, mas o marido ficou na frente dela e, pegando-a pelo braço, segurou-a com força.
- O que você vai fazer? – sussurrou ele com voz rouca.
- É meu filho; é Herbert! – gritou ela, debatendo-se mecanicamente. – Eu esqueci que ele estava a 10 quilômetros daqui. Por que está me segurando? Me solte. Eu tenho de abrir a porta.
- Pelo amor de Deus não deixe entrar – gritou o velho tremendo.
- Você está com medo do próprio filho – gritou ela, debatendo-se. – Me solte. Eu já vou, Herbert; eu já vou.
Ouviu-se mais uma batida, e mais outra. A senhora com um arrancão súbito soltou-se e saiu correndo do quarto. O marido seguiu-a até a escada e chamou-a enquanto ela corria para baixo. Ele ouviu a corrente chocalhar e a tranca do chão ser puxada lenta e firmemente do lugar. Então a voz da senhora soou, nervosa e ofegante.
- A tranca – gritou ela alto. – Desça que eu não consigo puxar a tranca.
Mas o marido estava de joelhos no chão, procurando a pata desesperadamente. Se pelo menos conseguisse encontrá-la antes que a coisa entrasse. Uma série de batidas reverberou pela casa, e ele ouviu o arrastar de uma cadeira quando a esposa a colocou no corredor encostada na porta. Ouviu o ranger da tranca quando esta se destravou lentamente, e no mesmo momento encontrou a pata de macaco, e desesperadamente fez o terceiro e último pedido.
As batidas pararam subitamente, embora ainda ecoassem na casa. Ele ouviu a cadeira ser arrastada de volta, e a porta se abrir. Um vento frio subiu pela escada, e um gemido alto e demorado de decepção e tristeza da esposa lhe deu coragem para correr até ela e depois até o portão. O lampião da rua que tremulava do outro lado brilhava numa estrada silenciosa e deserta.

Oscar para pobre mais criativo vai para....



Se os pobres usassem essa criatividade para estas coisas, e não para roubar ou matar...

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Muito louco



Meu, que negócio doido

Piadinha

O velhinho vai ao médico e solicita um check-up.
- Quero ver se está tudo em ordem, porque vou me casar na semana que vem! - afirma entusiasmado.
- Casar? - indignou-se o médico. - Que idade o senhor tem?
- Oitenta e oito.
- E a sua noiva?
- Vinte e um!
- Vinte e um?! Nesse caso eu o aconselho a tomar cuidado porque essa diferença de idade pode ser fatal!
- Então... paciência! Se ela morrer, morreu...

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Escolas de Agressividade e Violência - Américo Canhoto

EcoDebate

Tudo na evolução humana é fruto de um longo aprendizado – daí, parte de nossas tenências para reagir com agressividade e violência é fruto da incorporação de atitudes dos adultos que compõem o meio em que nos desenvolvemos.

A INFLUÊNCIA DO MEIO.

Agressividade e violência aprendida.

A infância dependente e prolongada serve para receber a influência do meio em que estamos inseridos. Tudo que nós somos e como nos apresentamos foi fruto de aprendizado; além disso, hoje, é a soma do inconsciente, subconsciente e do que já temos consciência. Parte, nós já trazemos ao nascer. e, de certa forma ainda pertence ao inato desconhecido; a outra, é a somatória das experiências vividas com os adultos que compõe o meio em que fomos criados.

A agressividade e a violência de certa forma também podem ser aprendidas pela má educação pela repetição; ou reforçando as tendências inatas (a educação de qualidade; busca reforçar as atitudes e tendências positivas e anular ou diminuir as negativas).


MATERIAL DIDÁTICO COTIDIANO

Onde aprendemos agressividade e violência?

Com os pais e adultos com os quais se convive.
Nas constantes brigas em família.
No conflito de interesses familiares.
Na vida em sociedade.
Na tentativa de padronização.
Na escola.
No trabalho.
Na mídia.
Nos entretenimentos.
Nas ocorrências do nosso dia a dia.
Nos meios de comunicação.
Na aplicação da justiça.
Nas competições esportivas.

Como se aprende a ser agressivo e violento?

Analisemos algumas situações comuns, nas quais a criança aprende a ser agressiva e violenta; e, onde ela pode copiar e praticar a violência.

Com os pais e adultos com os quais convive.

Desnecessário falar sobre os efeitos causados na construção da personalidade, do padrão de atitudes, de alguém criado num ambiente familiar onde a violência é explícita; com espancamentos, agressões psicológicas e morais – isso, todo mundo está cansado de saber; interessa-nos trazer á discussão a agressividade e violência subliminar, aquela que não percebemos ou fingimos que não.

Progredimos de forma passiva quando usamos os defeitos de caráter dos outros para nos burilar. Os atritos entre as pessoas são constantes e contínuos. Sobra até para a criança: muitos não foram filhos desejados. Sofreram tentativas de aborto. Receberam vibrações de maldições e desejaram que tivessem recusado a nascer. Alguns escaparam de ser abortados numa espécie de milagre. E, depois de nascidos quantas noites ao sofrerem cólicas e não deixarem seus pais dormir quase foram espancados (vibrações de vontade não faltaram). Muitas crianças vivem em ambientes nos quais predomina a relação “entre tapas e beijos”, o carinho e afeto verdadeiro são escassos (apenas na hora da satisfação das necessidades e desejos sexuais).

Predomina entre os adultos da atualidade; as pessoas que ainda nem percebem quando agridem; apenas sentem quando são agredidas e buscam sempre uma forma de retaliar ou até de se vingar de uma maneira que supere a agressão sofrida.

Brigas em família.
Filhos de casais que se desentendem com freqüência são vítimas de estresse de agressividade e rebeldia. A perda de autoridade dos pais brigões é imediata e notória.

Se os adultos são incapazes de entender quando é o momento certo para resolver suas divergências; como esperar que uma criança não arrume confusão na escola, bata, arranhe, chute ou denigra seu coleguinha a boca pequena ou na net.

Elas expressam naturalmente o medo e a preocupação como estão sendo educadas; através da mudança de comportamento para agressividade e violência; ou apenas, imitam os adultos.

Os agressivos e brigões despertam sentimentos de menos valia e culpa. Até sentem-se responsáveis pelas brigas dos pais ou adultos com quem convivem ou são obrigadas a conviver: amantes do pai ou da mãe, novos pais, ou novas mães etc. Somos o que estamos sendo feitos – inevitável que essa criança quando adulta tenda a repetir o que foi feito com ela.

No conflito de interesses familiares.
A maioria das famílias não formam um time coeso; são como aqueles times de futebol dos sonhos que não ganham nada; pois, são apenas um aglomerado de interesses individuais – nessas famílias, os interesses de um se sobrepõe aos do grupo. Além disso, quase sempre há uma guerra não declarada entre a parentela. A relação entre a família do pai e da mãe quase sempre é tumultuada pelo ciúmes, inveja e interesses os mais variados. Na relação criança versus família, é como se ela nascesse em pleno campo de batalha onde todos tentam atraí-la para seu lado, usando os mais humanos ardis: suborno, chantagem, tentativa de controle, mentira. Principalmente, no desmanche da família mal estruturada, após ou durante, as separações ou divórcios.

Na vida em sociedade.
As desigualdades, os preconceitos e todos os tipo de exclusão do indivíduo da sociedade são indutores de agressividade e violência. O treino para competir e ser mais e melhor do que o outro, fazem com que a criança se desenvolva pensando estar num palco de guerra no qual quase todos são inimigos, até os irmãos. A fome e a necessidade de sobreviver ou o desejo de usufruir da ostentação da sociedade, tornam os violentos e agressivos natos em verdadeiras máquinas de matar ambulantes. Pisotear as leis que criam; matar o outro de fome, de raiva, de medo, de angústia, de inveja; e até matar de verdade com tiros e facadas por conta própria ou sob contrato de mando.

Refletir faz bem á saúde, física, mental, emocional, afetiva, social, política…

Américo Canhoto: Clínico Geral, médico de famílias há 30 anos. Pesquisador de saúde holística. Uso a Homeopatia e os florais de Bach. Escritor de assuntos temáticos: saúde – educação – espiritualidade. Palestrante e condutor de workshops. Coordenador do grupo ecumênico “Mãos estendidas” de SBC. Projeto voltado para o atendimento de pessoas vítimas do estresse crônico portadoras de ansiedade e medo que conduz a: depressão, angústia crônica e pânico.

* Colaboração de Américo Canhoto para o EcoDebate, 28/07/2010

[ O conteúdo do EcoDebate é “Copyleft”, podendo ser copiado, reproduzido e/ou distribuído, desde que seja dado crédito ao autor, ao Ecodebate e, se for o caso, à fonte primária da informação ]

Opinião do blogueiro: Gostei muito da matéria, só gostaria que ela tivesse sido revisada antes de postada, mas, whatever.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Originais do Samba

Estou procurando um video do Mussum, ex integrante dos trapalhões, no qual o mesmo aparece dançando.



Como eu disse a uma das séries, nesse video, 'brancos' cantam lindamente uma canção que JAMAIS poderia ter sido feita pelas mãos deles. Esse ritmo é de negros, e não de brancos. Outra coisa; brancos não trabalhavam acertando pinos nas linhas de trem. Negros, sim.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Indicação de Uma professora de Yóga



bjão chris.
Namastê

Telecentros

http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/participacao_parceria/telecentros/index.php

Link dos telecentros.
Procurar o mais próximo, com os pais.

Bullying: quando a escola não é um paraíso


Bullying: quando a escola não é um paraíso

Geane de Jesus Silva,
psicopedagoga, professora de Psicologia da Educação e
coordenadora pedagógica, Jitaúna, BA.
Endereço eletrônico: enaeg@hotmail.com

Brigas, ofensas, disseminação de comentários maldosos, agressões físicas e psicológicas, repressão. A escola pode ser palco de todos esses comportamentos, transformando a vida escolar de muitos alunos em um verdadeiro inferno.

Gislaine, aluna da 2ª série, de oito anos, estava faltando frequentemente à escola. Quando comparecia, chorava muito e não participava das aulas, alegando dores de cabeça e medo. Certo dia, alguns alunos procuraram a professora da turma dizendo que a garota estava sofrendo ameaças. Teria que dar suas roupas, sapatos e dinheiro para outra aluna, caso contrário apanharia e seria cortada com estilete.

Carlos, da 5ª série, foi vítima de alguns colegas por muito tempo, porque não gostava de futebol. Era ridicularizado constantemente, sendo chamado de gay nas aulas de educação física. Isso o ofendia sobremaneira, levando-o a abrigar pensamentos suicidas, mas antes queria encontrar uma arma e matar muitos dentro da escola.

Os casos descritos acima são reais e revelam a agressão sofrida por crianças dentro da escola, colhidos e narrados por Cleo Fante como parte de uma pesquisa sobre a violência nas escolas, publicados em seu livro “Fenômeno Bullying: como prevenir a violência nas escolas e educar para a paz”. Esses e muitos outros casos de agressões e violências entre os alunos desde as séries iniciais até o ensino médio, demonstram uma realidade assustadora que muitos desconhecem, ou não percebem, trazendo à tona a discussão sobre o fenômeno bullying, o grande vilão de toda essa história. Mas o que é? Quais as causas? Como prevenir?

Significado do termo

A palavra bullying é derivada do verbo inglês bully que significa usar a superioridade física para intimidar alguém. Também adota aspecto de adjetivo, referindo-se a “valentão”, “tirano”. Como verbo ou como adjetivo, a terminologia bullying tem sido adotada em vários países como designação para explicar todo tipo de comportamento agressivo, cruel, intencional e repetitivo inerente às relações interpessoais. As vítimas são os indivíduos considerados mais fracos e frágeis dessa relação, transformados em objeto de diversão e prazer por meio de “brincadeiras” maldosas e intimidadoras.

Desconhecimento e indiferença

Estudos indicam que as simples “brincadeirinhas de mau-gosto” de antigamente, hoje denominadas bullying, podem revelar-se em uma ação muito séria. Causam desde simples problemas de aprendizagem até sérios transtornos de comportamento responsáveis por índices de suicídios e homicídios entre estudantes.
Mesmo sendo um fenômeno antigo, mantém ainda hoje um caráter oculto, pelo fato de as vítimas não terem coragem suficiente para uma possível denúncia. Isso contribui com o desconhecimento e a indiferença sobre o assunto por parte dos profissionais ligados à educação. Pode ser manifestado em qualquer lugar onde existam relações interpessoais.

Conseqüências marcantes

As conseqüências afetam a todos, mas a vítima, principalmente a típica (ver quadro), é a mais prejudicada, pois poderá sofrer os efeitos do seu sofrimento silencioso por boa parte de sua vida. Desenvolve ou reforça atitude de insegurança e dificuldade relacional, tornando-se uma pessoa apática, retraída, indefesa aos ataques externos.
Muitas vezes, mesmo na vida adulta, é centro de gozações entre colegas de trabalho ou familiares. Apresenta um autoconceito de menos-valia e considera-se inútil, descartável. Pode desencadear um quadro de neuroses, como a fobia social e, em casos mais graves, psicoses que, a depender da intensidade dos maus-tratos sofridos, tendem à depressão, ao suicídio e ao homicídio seguido ou não de suicídio.
Em relação ao agressor, reproduz em suas futuras relações, o modelo que sempre lhe trouxe “resultados”: o do mando-obediência pela força e agressão. É fechado à afetividade e tende à delinqüência e à criminalidade.
Isso, de certa maneira, afeta toda a sociedade. Seja como agressor, como vítima, ou até espectador, tais ações marcam, deixam cicatrizes imperceptíveis em curto prazo. Dependendo do nível e intensidade da experiência, causam frustrações e comportamentos desajustados gerando, até mesmo, atitudes sociopatas.

O papel da educação

A educação do jovem no século XXI tem se tornado algo muito difícil, devido à ausência de modelos e de referenciais educacionais. Os pais de ontem, mostram-se perdidos na educação das crianças de hoje. Estão cada vez mais ocupados com o trabalho e pouco tempo dispõem para dedicarem-se à educação dos filhos. Esta, por sua vez, é delegada a outros, ou em caso de famílias de menor poder aquisitivo, os filhos são entregues à própria sorte.
Os pais não conseguem educar seus filhos emocionalmente e, tampouco, sentem-se habilitados a resolverem conflitos por meio do diálogo e da negociação de regras. Optam muitas vezes pela arbitrariedade do não ou pela permissividade do sim, não oferecendo nenhum referencial de convivência pautado no diálogo, na compreensão, na tolerância, no limite e no afeto.
A escola também tem se mostrado inabilitada a trabalhar com a afetividade. Os alunos mostram-se agressivos, reproduzindo muitas vezes a educação doméstica, seja por meio dos maus-tratos, do conformismo, da exclusão ou da falta de limites revelados em suas relações interpessoais.
Os professores não conseguem detectar os problemas, e muitas vezes, também demonstram desgaste emocional com o resultado das várias situações próprias do seu dia sobrecarregado de trabalhos e dos conflitos em seu ambiente profissional. Muitas vezes, devido a isso, alguns professores contribuem com o agravamento do quadro, rotulando com apelidos pejorativos ou reagindo de forma agressiva ao comportamento indisciplinado de alguns alunos.

O que a família pode fazer?

Não há receita eficaz de como educar filhos, pois cada família é um mundo particular com características peculiares. Mas, apesar dessa constatação, não se pode cruzar os braços e deixar que as coisas aconteçam, sem que os educadores (primeiros responsáveis pela educação e orientação dos filhos e alunos) façam algo a respeito.
A educação pela e para a afetividade já é um bom começo. O exercício do afeto entre os membros de uma família é prática primeira de toda educação estruturada, que tem no diálogo o sustentáculo da relação interpessoal. Além disso, a verdade e a confiabilidade são os demais elementos necessários nessa relação entre pais e filhos. Os pais precisam evitar atitudes de autoproteção em demasia, ou de descaso referente aos filhos. A atenção em dose certa é elementar no processo evolutivo e formativo do ser humano.

O que a escola pode fazer?

Em relação à escola, em primeiro lugar, deve conscientizar-se de que esse conflito relacional já é considerado um problema de saúde pública. Por isso, é preciso desenvolver um olhar mais observador tanto dos professores quanto dos demais profissionais ligados ao espaço escolar. Sendo assim, deve atentar-se para sinais de violência, procurando neutralizar os agressores, bem como assessorar as vítimas e transformar os espectadores em principais aliados.
Além disso, tomar algumas iniciativas preventivas do tipo: aumentar a supervisão na hora do recreio e intervalo; evitar em sala de aula menosprezo, apelidos, ou rejeição de alunos por qualquer que seja o motivo. Também pode-se promover debates sobre as várias formas de violência, respeito mútuo e a afetividade tendo como foco as relações humanas.
Mas tais assuntos precisam fazer parte da rotina da escola como ações atitudinais e não apenas conceituais. De nada valerá falar sobre a não-violência, se os próprios profissionais em educação usam de atos agressivos, verbais ou não, contra seus alunos. Ou seja, procurar evitar a velha política do “faça o que eu digo, não faça o que eu faço”.

Ações exemplares

Há diversos exemplos claros de ação eficiente contra o bullying no espaço escolar. Uma delas é o programa “Educar para a paz”, criado e desenvolvido por Cleo Fante e equipe, que trabalha com estratégias de intervenção e prevenção contra a violência na escola. Além disso, também existem sites sobre o assunto como que visam a alertar e informar profissionais e pais no combate ao bullying. Destaca-se o trabalho da Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Criança e ao Adolescente, com os sites: www.abrapia.org.br e www.bullying.com.br


Características de bullying

Segundo Cleo Fante, no livro “Fenômeno Bullying: como prevenir a violência nas escolas e educar para a paz”, os atos de bullying entre alunos apresentam determinadas características comuns:

• Comportamentos deliberados e danosos, produzidos de forma repetitiva num período prolongado de tempo contra uma mesma vítima;
• Apresentam uma relação de desequilíbrio de poder, o que dificulta a defesa da vítima;
• Não há motivos evidentes;
• Acontece de forma direta, por meio de agressões físicas (bater, chutar, tomar pertences) e verbais (apelidar de maneira pejorativa e discriminatória, insultar, constranger);
• De forma indireta, caracteriza-se pela disseminação de rumores desagradáveis e desqualificantes, visando à discriminação e exclusão da vítima de seu grupo social.


Os protagonistas do bullying

A vítima pode ser classificada, segundo pesquisadores, em três tipos:

• Vítima típica: é pouco sociável, sofre repetidamente as conseqüências dos comportamentos agressivos de outros, possui aspecto físico frágil, coordenação motora deficiente, extrema sensibilidade, timidez, passividade, submissão, insegurança, baixa auto-estima, alguma dificuldade de aprendizado, ansiedade e aspectos depressivos. Sente dificuldade de impor-se ao grupo, tanto física quanto verbalmente.

• Vítima provocadora: refere-se àquela que atrai e provoca reações agressivas contra as quais não consegue lidar. Tenta brigar ou responder quando é atacada ou insultada, mas não obtém bons resultados. Pode ser hiperativa, inquieta, dispersiva e ofensora. É, de modo geral, tola, imatura, de costumes irritantes e quase sempre é responsável por causar tensões no ambiente em que se encontra.

• Vítima agressora: reproduz os maus-tratos sofridos. Como forma de compensação procura uma outra vítima mais frágil e comete contra esta todas as agressões sofridas na escola, ou em casa, transformando o bullying em um ciclo vicioso.

O agressor pode ser de ambos os sexos. Tem caráter violento e perverso, com poder de liderança, obtido por meio da força e da agressividade. Age sozinho ou em grupo. Geralmente é oriundo de família desestruturada, em que há parcial ou total ausência de afetividade. Apresenta aversão às normas; não aceita ser contrariado, geralmente está envolvido em atos de pequenos delitos, como roubo e/ou vandalismo. Seu desempenho escolar é deficitário, mas isso não configura uma dificuldade de aprendizagem, já que muitos apresentam nas séries iniciais rendimento normal ou acima da média.

Espectadores são alunos que adotam a “lei do silêncio”. Testemunham a tudo, mas não tomam partido, nem saem em defesa do agredido por medo de serem a próxima vítima. Também nesse grupo estão alguns alunos que não participam dos ataques, mas manifestam apoio ao agressor.


Como identificar os envolvidos?

De acordo com as indicações de Dan Olweus, psicólogo norueguês da Universidade de Bergen e importante pesquisador sobre o assunto, para que uma criança ou adolescente seja identificado como vítima ou agressor, pais e professores precisam ter atenção se o mesmo apresenta alguns comportamentos:

VÍTIMA

Na escola
• Durante o recreio está freqüentemente isolado e separado do grupo, ou procura ficar próximo do professor ou de algum adulto;
• Na sala de aula tem dificuldade em falar diante dos demais, mostrando-se inseguro ou ansioso;
• Nos jogos em equipe é o último a ser escolhido;
• Apresenta-se comumente com aspecto contrariado, triste, deprimido ou aflito;
• Desleixo gradual nas tarefas escolares;
• Apresenta ocasionalmente contusões, feridas, cortes, arranhões ou a roupa rasgada, de forma não-natural;
• Falta às aulas com certa freqüência;
• Perde constantemente os seus pertences.

Em casa
• Apresenta, com freqüência, dores de cabeça, pouco apetite, dor de estômago, tonturas, sobretudo de manhã;
• Muda o humor de maneira inesperada, apresentando explosões de irritação;
• Regressa da escola com as roupas rasgada ou sujas e com o material escolar danificado;
• Desleixo gradual nas tarefas escolares;
• Apresenta aspecto contrariado, triste deprimido, aflito ou infeliz;
• Apresenta contusões, feridas, cortes, arranhões ou estragos na roupa;
• Apresenta desculpas para faltar às aulas;
• Raramente possui amigos, ou se possui, são poucos os que compartilham seu tempo livre;
• Pede dinheiro extra à família ou furta;
• Apresenta gastos altos na cantina da escola.

AGRESSOR

Na escola
• Faz brincadeira ou gozações, além de rir de modo desdenhoso e hostil;
• Coloca apelidos ou chama pelo nome e sobrenome dos colegas, de forma malsoante;
• Insulta, menospreza, ridiculariza, difama;
• Faz ameaças, dá ordens, domina e subjuga;
• Incomoda, intimida, empurra, picha, bate, dá socos, pontapés, beliscões, puxa os cabelos, envolve-se em discussões e desentendimentos;
• Pega materiais escolares, dinheiro, lanches e outros pertences dos outros colegas, sem consentimento.

Em casa
• Regressa da escola com as roupas amarrotadas e com ar de superioridade;
• Apresenta atitude hostil, desafiante e agressiva com pais e irmãos, chegando a ponto de atemorizá-los sem levar em conta a idade ou a diferença de força física;
• É habilidoso para sair-se bem em “situações difíceis”;
• Exterioriza ou tenta exteriorizar sua autoridade sobre alguém;
• Porta objetos ou dinheiro sem justificar sua origem.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Textos para aprender a '"colar"'























Para os alunos a quem eu ensinei a "colar".
Tentem usar esses textos como testes.
Façam um por semana.
Como prometi, aqui vai a fórmula para conseguir boas notas sem ser 'pego'.
- It works with big texts.
- Re-write all the text twice on a spare paper.
- Underline all the most important words, or key words.
- Re-write all the key words, seven times on a spare paper.
- Imagine the questions the teachers will ask you, 'cause they will be on those key words.
- Re-read the text a last time.
- Rip Off all the spare sketches and have a good exam, 'cause you don't need to study or cheat.